Senadores criticam planos de reestruturação e de demissão voluntária anunciados pelos bancos públicos — Rádio Senado
Assuntos Econômicos

Senadores criticam planos de reestruturação e de demissão voluntária anunciados pelos bancos públicos

Senadores criticam os planos de reestruturação e de demissão voluntária anunciados pelos bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. O fechamento de agências e o corte de funcionários vão ser discutidos em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE).

Segundo o autor do requerimento para a audiência, senador José Pimentel (PT – CE), as iniciativas repetem a política da década de 1990, quando o Banco do Brasil incentivou a saída de 15 mil funcionários, mas registrou prejuízo. Ainda segundo Pimentel, os cortes comprometem o atendimento aos clientes.

15/02/2017, 12h02 - ATUALIZADO EM 15/02/2017, 13h17
Duração de áudio: 02:15
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES CRITICAM OS PLANOS DE REESTRUTURAÇÃO E DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA ANUNCIADOS PELOS BANCOS PÚBLICOS, COMO A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL E O BANCO DO BRASIL. LOC: O FECHAMENTO DE AGÊNCIAS E O CORTE DE FUNCIONÁRIOS VÃO SER DISCUTIDOS EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS. REPÓRTER GEORGE CARDIM. Téc:. Os senadores criticaram os recentes planos de reestruturação anunciados por bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. O Programa de Demissão Voluntária lançado pela Caixa Econômica busca desligar 10 mil funcionários e economizar cerca de um bilhão e meio e oitocentos milhões de reais por ano. A adesão pode ser feita até a próxima segunda-feira, no dia 20 de fevereiro. O plano de reestruturação do Banco do Brasil lançado em novembro de 2016 já fechou mais de 200 agências de 402 previstas. Um total de 9.409 servidores aceitaram a oferta do Banco e se aposentaram. O tema vai ser debatido em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos, a pedido do senador José Pimentel, do PT do Ceará. Ele lembrou que as iniciativas repetem a política da década de 1990, quando o Banco do Brasil incentivou a saída de 15 mil funcionários, mas registrou prejuízo. Pimentel disse que os cortes comprometem o atendimento aos clientes. (Pimentel) “Com menos funcionários, com menos agências, os primeiros a serem prejudicados são os pequenos empreendedores, os empreendedores da micro e da pequena empresa, o empreendedor individual”. (Repórter) Já a senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, lembrou que os bancos públicos têm um papel social a cumprir e não podem agir como bancos privados. ( Lídice). “Tem outras contribuições e obrigações para com o povo brasileiro. Avança, portanto, um conceito de que o banco se aproxime cada vez mais dos objetivos apenas de um banco privado, aumentando mais e mais a participação inclusive de capital estrangeiro e se distanciando do objetivo, do valor de ser um banco patrimônio do Brasil. (Repórter) A audiência pública ainda não tem data marcada para acontecer.

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