Em 2016 CRE sabatinou 91 indicados para representar o Brasil no exterior — Rádio Senado
Balanço 2016

Em 2016 CRE sabatinou 91 indicados para representar o Brasil no exterior

27/12/2016, 16h27 - ATUALIZADO EM 27/12/2016, 18h41
Duração de áudio: 02:29
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES SABATINOU 91 INDICADOS PARA ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS E EMBAIXADAS DO BRASIL NO EXTERIOR NO ANO DE 2016. LOC: OS SENADORES TAMBÉM DEBATERAM A ATUAL SITUAÇÃO DO MERCOSUL. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter) A Comissão de Relações Exteriores do Senado é a responsável por analisar as indicações de embaixadores brasileiros e representantes do país em organizações internacionais antes da deliberação do plenário. Somente em 2016, 91 embaixadores e embaixadoras foram sabatinados. As indicações eram para os mais diversos destinos como Estados Unidos, Djibuti e organizações como a Agência Internacional de Energia Atômica. Durante a sabatina da embaixadora Maria Laura da Rocha, indicada para a embaixada brasileira na Hungria, o presidente da CRE, senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, lembrou que, apesar daquele país ser uma democracia, possui um governo contrário ao recebimento de refugiados e simpático às propostas do presidente eleito norte-americano Donald Trump: (Aloysio Nunes Ferreira) A senhora vai para a Hungria, um país que é objeto de muito interesse para aqueles que acompanham a política internacional. O Primeiro-Ministro considera que a democracia liberal não é uma verdadeira democracia. Vamos ver qual seria, no conceito dele, a verdadeira democracia – ele que tem uma política abertamente anti-imigração e vibrou com a eleição do Trump. (Repórter) 2016 foi um ano de mudanças nas relações exteriores brasileiras. Essas alterações repercutiram na Comissão de Relações Exteriores. Uma questão de destaque foi a das relações diplomáticas do Brasil e do Mercosul com a Venezuela. Até o impedimento da ex-presidente Dilma Rousseff o governo brasileiro apoiava o governo de Nicolas Maduro. Com a mudança do governo, a posição de cobrança da cláusula democrática para todos os países membros do Mercosul prevaleceu, culminando com a suspensão da Venezuela do bloco. Quem se manifestou sobre a nova posição do bloco foi o senador Lasier Martins, do PDT, Rio Grande do Sul: ( Lasier Martins) O Conselho do Mercosul já teve paciência demais. Aliás, na minha opinião, a Venezuela nem deveria ter entrado no grupo porque o governo venezuelano infringe todos os tratados que dizem respeito a direitos humanos. (Repórter) De acordo com o Regimento do Senado, as comissões podem se reunir de forma secreta para deliberar sobre temas sensíveis como declaração de guerra, escolha de chefes diplomáticos em missões permanentes e permanência temporária de forças estrangeiras no território nacional. Algumas dessas decisões podem passar pela análise dos senadores da Comissão de Relações Exteriores.

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