CDH debate uso da religião para combater injustiças sociais — Rádio Senado
Audiência pública

CDH debate uso da religião para combater injustiças sociais

07/12/2016, 12h26 - ATUALIZADO EM 07/12/2016, 12h26
Duração de áudio: 01:59
Edílson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: O USO DA RELIGIÃO PARA COMBATER INJUSTIÇAS SOCIAIS FOI DEBATIDO NESTA QUARTA-FEIRA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS. LOC: PARTICIPARAM DA DISCUSSÃO REPRESENTANTES DE GRUPOS RELIGIOSOS E MOVIMENTOS SOCIAIS, COMO INFORMA A REPÓRTER REBECA LIGABUE (LIGABÍ). (Repórter) Durante a reunião, foi destacado que a religião pode ser um instrumento no combate a desigualdades, à violência e ao preconceito. Presidente da Comissão de Direitos Humanos, o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, afirmou que os grupos religiosos precisam ter voz na sociedade. (Paulo Paim) Em nossa história, principalmente ao longo de períodos mais tenebrosos, esses grupos sempre estiveram à frente da resistência aos mais variados e criativos golpes atestados no povo mais desfavorecido. (Repórter) O representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Geniberto Paiva Campos, disse que as religiões devem promover a democracia e a proteção aos direitos sociais. (Geniberto Paiva Campos) Eu não entendo uma religião que não tenha também a preocupação social, eu diria que uma coisa é você estender a mão na vertical para Deus, mas você tem que aprender a estender a mão na horizontal para o seu próximo. (Repórter) A Mãe Baiana Adna Santos de Araújo, da Fundação Cultural Palmares, lembrou que as religiões, principalmente as de matriz africana, são alvo de intolerância e perseguição. Ela também ressaltou que muitas vezes há preconceito em relação ao candomblé e a maioria da população não conhece projetos sociais que são desenvolvidos em terreiros. Representante da Rede Ecumênica da Juventude, Tatiane Duarte destacou que o Estado é laico e que a fé religiosa não pode ser usada para atacar pessoas que não compartilham das mesmas crenças. (Tatiane Duarte) É preciso que nós estejamos convictas de que forma nós queremos atuar nesse espaço público, porque o que nós vemos essas bancadas religiosas fazer aqui no Congresso, mas também na sociedade, é uma recusa à pluralidade, e nós estamos sendo omissos e coniventes. (Repórter) Também participaram da reunião representantes da Federação Espírita do Distrito Federal, de religiões orientais, da Assembleia de Deus, e do Conselho Nacional de Saúde.

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