Votação da PEC que limita os gastos públicos é marcada por protestos — Rádio Senado

Votação da PEC que limita os gastos públicos é marcada por protestos

Votação em primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 55/2016) que estabelece um teto para os gastos públicos para os próximos 20 anos é marcada por protestos dentro e fora do Senado. A oposição alega que baderneiros foram infiltrados na manifestação pacífica. Mas governistas exibem fotos de destruição ao longo da esplanada dos ministérios em Brasília. Ao criticar a atuação da Polícia Militar, o líder da minoria, senador Lindbergh Farias (PT – RJ) acusou o governo de infiltrar baderneiros para desmoralizar e acabar com a manifestação. O líder do governo, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB – SP) negou a infiltração. Segundo Aloysio, a culpa não é da Polícia. “É daqueles que vêm fazer manifestação e não conhecem os limites da democracia”.

30/11/2016, 00h43 - ATUALIZADO EM 30/11/2016, 07h10
Duração de áudio: 02:20
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: VOTAÇÃO EM PRIMEIRO TURNO DA PEC DO TETO DE GASTOS É MARCADA POR PROTESTOS DENTRO E FORA DO SENADO. LOC: A OPOSIÇÃO ALEGA QUE BADERNEIROS FORAM INFILTRADOS NA MANIFESTAÇÃO PACÍFICA. MAS GOVERNISTAS EXIBEM FOTOS DE DESTRUIÇÃO AO LONGO DA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS EM BRASÍLIA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Hérica) Logo no início, a sessão de votação da PEC do teto dos gastos foi suspensa após uma senhora protestar de dentro do Plenário contra o limite das despesas públicas pelo prazo de 20 anos. Em resposta à oposição, que tentou liberar a entrada do público para acompanhar a votação, o presidente do Senado, Renan Calheiros do PMDB de Alagoas, disse que o protesto solitário fez com que mudasse de ideia sobre a ocupação da galeria. (Renan) Saí do meu gabinete disposto a credenciar algumas pessoas para assistirem à sessão na forma do Regimento. Mas teve um episódio com a dona Gláucia que interrompeu a sessão e foi um precedente terrível. REP: A manifestação em frente ao Congresso Nacional, que reuniu mais de 20 mil pessoas, contra a PEC do teto dos gastos começou pacífica. O tumulto teve início quando a Polícia Militar revidou com gás lacrimogêneo o lançamento de bombas caseiras. Dois carros estacionados nas mediações do Congresso foram virados e um queimado. Foram destruídos pontos de ônibus e a portaria do Ministério da Educação. Ao criticar a atuação da Polícia Militar, o líder da minoria, senador Lindbergh Farias do PT do Rio de Janeiro, acusou o governo de infiltrar baderneiros para desmoralizar e acabar com a manifestação. (Lindbergh) Estudantes, professores, profissionais da saúde, que não podem ser chamados de baderneiros porque vieram para uma manifestação pacífica. Tem que investigar quem fez tumulto lá. Eu tenho desconfiança. Sinceramente, acho que houve infiltração ali. REP: O líder do governo, senador Aloysio Nunes Ferreira de São Paulo, negou a infiltração. (Aloysio) Como sempre a polícia é culpada. A culpa não é da Polícia. É daqueles que vêm fazer manifestação e não conhecem os limites da democracia. A culpa é daqueles que recorrem ao exercício arbitrário das próprias razões. REP: Por meio de nota, a União Nacional dos Estudantes negou a participação de alunos nos atos de vandalismo. O Governo do Distrito Federal disse que a Polícia agiu dentro da lei. O ministro da Educação, Mendonça Filho, declarou que os servidores do MEC viveram momentos de terror com a depredação do prédio. Já o presidente Michel Temer afirmou que a intolerância não pode ser instrumento de pressão ao Congresso Nacional. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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