Relator da MP da Reforma do Ensino Médio diz estar aberto ao diálogo e a modificações no texto original — Rádio Senado
Medida Provisória

Relator da MP da Reforma do Ensino Médio diz estar aberto ao diálogo e a modificações no texto original

O relator da Medida Provisória 746/2016 que trata da reforma do ensino médio, senador Pedro Chaves (PSC-MT), rebateu as críticas de que o formato de medida provisória prejudica o debate. Chaves argumentou que a comissão mista que analisa a MP aprovou audiências públicas com 54 representantes da área de educação e disse estar aberto ao diálogo e às mudanças. A comissão mista realizou nesta terça-feira (01) audiência pública para ouvir especialistas no tema. Foram apresentadas diversas sugestões de mudança. A reportagem é de Marcela Diniz.

01/11/2016, 18h38 - ATUALIZADO EM 04/11/2016, 09h00
Duração de áudio: 02:33
MP 746/2016 (reforma do ensino médio): audiência interativa para debater a matéria, com a participação de representantes, entre outros, do MEC, do Inep, e do Conselho Nacional de Educação. 
LOCAL: Ala Senador Nilo Coelho, Plenário nº 6
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: O RELATOR DA MEDIDA PROVISÓRIA DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO, DISSE ESTAR ABERTO AO DIÁLOGO E A FAZER MODIFICAÇÕES NO TEXTO ORIGINAL. LOC: EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO QUE ANALISA A EMEPÊ 746, ESPECIALISTAS RECONHECERAM A NECESSIDADE DE MUDANÇAS, MAS DIVERGIRAM SOBRE A PROPOSTA DO GOVERNO. A REPORTAGEM É DE MARCELA DINIZ: (Repórter) O representante do Fórum Nacional de Educação, Antonio Lacerda Souto, apresentou aos senadores e deputados que analisam a MP da Reforma do Ensino Médio, 22 itens da proposta que precisariam ser melhor debatidos, como a retirada de disciplinas do currículo obrigatório: (Antonio Lacerda Souto) Vai tirar a capacidade do aluno pensar e refletir com as disciplinas de, por exemplo, Sociologia, Filosofia. Educação Física é um momento importante, que interage, que articula, que integra. (Repórter) O representante do Ministério da Educação, Rossielli Soares, disse que o atual Ensino Médio falha naquilo que, aparentemente, se tornou seu único objetivo, que é a entrada do estudante na universidade. Dos 3,5 milhões de alunos que entram nessa fase escolar, 1 milhão e 600 desistem antes do último ano. Rossieli defendeu a valorização do ensino técnico e a proposta do governo, de grade flexível: (Rossielli Soares) Duas formas, por exemplo, de modelo: uma que poderia ser organizada dentro de 1 ano e meio ou a Base Nacional Comum, ser feita, também, dentro dos três anos, distribuído. Quem vai definir? O sistema de ensino em cada um dos estados, de acordo com o seu contexto local. (Repórter) Um ponto em comum entre os debatedores foi a concordância de que o Ensino Médio precisa mudar. Ivan Cláudio Siqueira, do Conselho Nacional de Educação, defendeu maior uso de tecnologias digitais e o consultor do Senado e professor, João Antonio Cabral, a valorização do ensino de Artes. Cabral ainda criticou a opção da MP de privilegiar o inglês em detrimento de outros idiomas: (João Antonio Cabral) Perdemos a colonização portuguesa – sofremos, né? – agora vamos ser recolonizados pelos Estados Unidos; ou pela Inglaterra? Vai ser british english or american english? Então, não tem sentido. (Repórter) O relator, senador Pedro Chaves, do PSC de Mato Grosso do Sul, rebateu as críticas de que o formato de medida provisória prejudica o debate. Chaves argumentou que a comissão aprovou audiências públicas com 54 representantes da área de educação e afirmou estar aberto ao diálogo e às mudanças: (Pedro Chaves) Nós inicialmente pensávamos em ouvir apenas 20 pessoas, 25, nós chegamos a não vai ao encontro da sociedade brasileira. (Repórter) Representante dos Dirigentes Municipais de Educação, Celso Oliveira demonstrou preocupação com o financiamento das escolas em tempo integral.

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