Cristovam defende recursos para pesquisas de energias renováveis

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LOC: TENDÊNCIA MUNDIAL, AS FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS VÊM GANHANDO ESPAÇO CADA VEZ MAIOR NO BRASIL, SOBRETUDO A ENERGIA SOLAR. LOC: MAS, NA AVALIAÇÃO DE SENADORES, A LEGISLAÇÃO AINDA É INSUFICIENTE NO PAÍS PARA ESTIMULAR A MAIOR PRODUÇÃO. FALTAM INCENTIVOS E TECNOLOGIA, COMO INFORMA A REPÓRTER PAULA GROBA. (Repórter) Uma das metas brasileiras definidas no Acordo do Clima de Paris, já ratificado pelo Brasil, é fazer com que as energias renováveis alcancem 45% de participação na matriz energética em 2030, a partir da expansão do uso das fontes alternativas. Mas o próprio governo brasileiro admite que, apesar do alto potencial, principalmente solar, este setor não está suficientemente desenvolvido no país. Na opinião do vice-presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, faltam incentivos ao uso desses sistemas de geração de energia limpa, que geralmente custam mais, pela falta de desenvolvimento de tecnologia no setor pelo Brasil. (Cristovam Buarque) É preciso haver subsídio, é preciso haver incentivo, pra que as pessoas comecem a substituir, mesmo que tenham que pagar mais nesse momento, do que a energia por fontes tradicionais, que são baratas hoje, mas vão ficar inviáveis ou caríssimas no longo prazo. (Repórter) Cristovam é autor do projeto que determina o uso obrigatório de recursos em pesquisa e desenvolvimento por empresas do setor elétrico em fontes alternativas. Na proposta, ele sugere a liberação do FGTS para aquisição de sistemas fotovoltaicos e a expansão de linhas de transmissão de energia eólica. Projetos na mesma linha foram sugeridos pelo senador Hélio José, do PMDB do Distrito Federal. Um deles estabelece incentivos para a expansão de energia elétrica de fonte solar em edificações e terrenos públicos. Uma outra proposta, esta do senador Ciro Nogueira, do PP do Piauí, garante isenções fiscais e condições de financiamento para a instalação de equipamentos de geração de energia eólica, principalmente para a microgeração. O relator, o senador Elmano Férrer, do PTB do Piauí, afirma que estímulos como esses já estão sendo implementados. Para ele, o Brasil deve aproveitar o potencial natural para modificar a matriz energética. (Elmano Férrer) Nós temos que aproveitar essa grande aptidão natural que existe no Brasil pra outras fontes alternativas, com destaque à energia eólica e solar. (Paula) As estratégias de produção de energia renovável serão tema de um dos painéis de debate da Vigésima Segunda Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, a COP 22, que acontece em novembro, em Marraquexe. Da Rádio Senado, Paula Groba.