Congresso libera mais de R$ 1 bilhão para realização do Enem e renovações do Fies
O Congresso Nacional aprovou, nesta terça-feira (18), o projeto de crédito suplementar que libera R$ 1,1 bilhão para o Ministério da Educação. Os recursos serão destinados à realização do próximo Enem e para a renovação de contratos do Fies, o Fundo de Financiamento Estudantil, que concede empréstimos a estudantes universitários para que paguem mensalidades de escolas privadas. O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), responsabilizou a oposição pela demora de quatro meses na aprovação dos recursos. O líder do PT, Humberto Costa (PT-PE), rebateu que o presidente Temer poderia ter liberado os recursos através de medida provisória. Já Ana Amélia (PP-RS) lembrou que além dos dois milhões de alunos, as faculdades privadas também serão beneficiadas. A Repórter Hérica Christian, da Rádio Senado, tem os detalhes.
Transcrição
LOC: CONGRESSO NACIONAL APROVA A LIBERAÇÃO DE MAIS DE UM BILHÃO DE REAIS PARA REALIZAÇÃO DO ENEM E RENOVAÇÕES DE CONTRATOS DO FIES, O FINANCIAMENTO ESTUDANTIL .
LOC: A OPOSIÇÃO, NO ENTANTO, CRITICOU O GOVERNO POR NÃO TER EDITADO UMA MEDIDA PROVISÓRIA E RESOLVIDO ANTES O PROBLEMA DE DOIS MILHÕES DE UNIVERSITÁRIOS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
TÉC: Após quatro tentativas, o Plenário do Congresso Nacional aprovou o crédito suplementar de R$ 1,1 bilhão para o Ministério da Educação. O projeto encaminhado em julho destina R$ 400 milhões para o Enem, Exame Nacional do Ensino Médio, e R$ 700 milhões para o Financiamento Estudantil, o Fies, que banca a mensalidade de alunos em faculdades particulares. O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, responsabilizou a oposição pela demora de quatro meses.
(Aloysio) Antes tarde do que nunca. O governo mandou para o Congresso o pedido desse crédito para fazer o pagamento do FIES. Infelizmente, houve uma obstrução muito grande. Mas conseguimos vencer a obstrução depois de várias tentativas e votamos a matéria.
REP: O líder do PT, senador Humberto Costa, de Pernambuco, criticou o presidente Michel Temer, que, na avaliação dele, poderia ter liberado os recursos com uma medida provisória.
(H.Costa) Ficou com receio que mais a frente alguém poderia dizer também que medidas provisórias não poderiam liberar esses recursos. Mas há vários processos em que isso aconteceu. Já há posicionamento do Tribunal de Contas da União de que isso é preciso. Na verdade, o governo ficou com medo de governar.
REP: Ao lamentar a demora, a senadora Ana Amélia, do PP gaúcho, lembrou que além dos dois milhões de alunos, as faculdades também serão beneficiadas.
(Ana Amélia) Mais é a situação financeira das instituições que corriam o risco de demitir professores, o que tornaria insustentável a sobrevivência de instituições que há anos se dedicam ao ensino.
REP: O montante de R$ 700 milhões será repassado para o Banco do Brasil e para a Caixa Econômica, responsáveis pelos contratos dos estudantes com as faculdades. Da Rádio Senado, Hérica Christian.
