Corte de verbas preocupa centros de pesquisa aeroespacial
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Transcrição
LOC: CORTE DE VERBAS PREOCUPA CENTROS DE PESQUISA AEROESPACIAL BRASILEIRA.
LOC: DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA EM SÃO PAULO, REPRESENTATES DO SETOR AINDA PEDIRAM RECURSOS PARA SUPERCOMPUTADOR QUE MEDE A PREVISÃO DO TEMPO. O ENCONTRO FAZ PARTE DO CICLO DE DEBATES PROMOVIDO PELO COLEGIADO, COMO INFORMA O REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
(Repórter) A Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado foi a São José dos Campos, no Vale do Paraíba, onde estão alguns dos principais centros de pesquisa do Brasil, para debater a indústria aeroespacial. Uma das preocupações do setor é com o corte de verbas, que pode levar ao colapso as pesquisas de ponta brasileiras. O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Leonel Perondi, destacou que o Brasil tem o sexto maior programa espacial do mundo e reivindicou a busca por melhores posições, com mais condições e investimentos. Ele reivindicou recursos do orçamento para a compra de um novo supercomputador que mede a previsão do tempo, no valor de 100 milhões de reais. O senador Lasier Martins, do PDT do Rio Grande do Sul, presidente da CCT, antecipou que vai buscar apoio junto aos demais parlamentares para liberação de verbas para o setor via emendas parlamentares.
(Lasier Martins) Nós fizemos uma viagem muito proveitosa a São José dos campos, que tem o magnífico parque tecnológico. É o melhor, é o maior do Brasil. Tem o INPE, tem a Embraer, tem o ITA. No INPE nós ouvimos uma reivindicação do presidente para ver a possibilidade de nós destinarmos a emenda da nossa comissão para o supercomputador novo que o INPE está precisando, considerando que aquele que vem sendo usado já está ultrapassado.
(Repórter) O presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo, Carlos Henrique de Brito Cruz, explicou que o equipamento poderá fazer estudos para previsões de clima fundamentais para a agricultura brasileira. Ele observou que o governo investe 0,6% do PIB, a soma das riquezas produzidas no país, no setor. Em contrapartida, as empresas brasileiras estão abaixo dos padrões internacionais, com metade do que é destinado ao setor em países como Estados Unidos e Canadá. A audiência pública faz parte do ciclo de debates promovido pela Comissão de Ciência e Tecnologia. Este foi o segundo de uma série de cinco encontros. O colegiado ainda vai ao Rio de Janeiro, Pará e Paraíba.