Pauta Feminina recebe mulheres que atuam no Judiciário para discutir dificuldades na ocupação de espaços na carreira — Rádio Senado
Mulheres

Pauta Feminina recebe mulheres que atuam no Judiciário para discutir dificuldades na ocupação de espaços na carreira

15/09/2016, 16h49 - ATUALIZADO EM 15/09/2016, 17h22
Duração de áudio: 02:24
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: MULHERES QUE ATUAM NO JUDICIÁRIO VIERAM AO SENADO DISCUTIR AS DIFICULDADES NA OCUPAÇÃO DE ESPAÇOS NESSA CARREIRA. LOC: O ENCONTRO FOI PARTE DO PROGRAMA PAUTA FEMININA QUE É PROMOVIDO PELA PROCURADORIA DA MULHER DO SENADO E DA CÂMARA. A REPORTAGEM É DE ANA BEATRIZ SANTOS. TÉC: O Programa Pauta Feminina reuniu representantes de carreiras do direito para discutir dificuldades encontradas pelas mulheres na ocupação de espaços de poder no Judiciário. A deputada Erika Kokay, do PT do Distrito Federal, representou as procuradorias da mulher do senado e da câmara na mesa e presidiu a sessão. Na opinião dela, a sociedade precisa oferecer condições como profissionalização, creches, saúde, transporte público adequado, para garantir que as mulheres ocupem mais espaços de liderança na sociedade sem o estigma de ter de cumprir as múltiplas jornadas com perfeição. (Erika Kokay) - “E a culpabilização das mulheres porque não estão os espaços de Poder. Quantas vezes escutamos na Câmara. ‘Ora, vocês que não querem disputar as listas, as eleições. As mulheres não estão aqui porque não querem”. (Ana) A ministra do Tribunal Superior do Trabalho Delaíde Arantes, frisou que as mulheres ocupam 50 por cento das vagas iniciais nas carreiras jurídicas e, com o passar do tempo, apenas 18 por cento delas chegam aos cargos do primeiro escalão. A ministra lembrou que as leis brasileiras já pregam a igualdade mas que é preciso empenho para garantir vários direitos, inclusive, o acesso igualitário ao trabalho. (Delaide Arantes) “todas nós como cidadãs e cidadãos, temos compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, humana e solidaria. Essa sociedade esta preconizada na constituição de 88, mas AINDA não está construída”. (Ana) A advogada Vera Lúcia Araújo chamou a atenção para a ineficiência do judiciário quanto a discussão do racismo no cotidiano da sociedade brasileira e do papel das decisões de magistrados em casos de crimes raciais. A juíza do tribunal de justiça do distrito federal Thereza Karina Figueiredo e a Defensora Pública Federal Daniele Osório chamaram a atenção para a ligação entre a violência contra a mulher, a desigualdade social, e o preconceito, que estão presentes em diversas esferas da sociedade e precisam ser combatidos. A subprocuradora da Republica do Ministério Publico Federal Ela Wieko afirmou que quanto mais mulheres foram nomeadas para os tribunais superiores, maior será a visibilidade das questões ligadas ao gênero no judiciário. Da Rádio Senado, Ana Beatriz Santos.

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