Aliados de Dilma vão entrar com representação contra testemunhas da acusação — Rádio Senado
Julgamento do Impeachment

Aliados de Dilma vão entrar com representação contra testemunhas da acusação

31/08/2016, 09h49 - ATUALIZADO EM 31/08/2016, 09h52
Duração de áudio: 02:06
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES DA BASE DE APOIO DE DILMA ROUSSEFF VÃO ENTRAR COM UMA REPRESENTAÇÃO CONTRA AS TESTEMUNHAS DA ACUSAÇÃO NO MINISTÉRIO PÚBLICO E NO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. LOC: OS PARLAMENTARES ACUSAM OS DOIS DEPOENTES DE TEREM PREVARICADO E MENTIDO NO JULGAMENTO DA PRESIDENTE AFASTADA. SENADORES PRÓ-IMPEACHMENT MINIMIZAM O ATO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. TÉC (Repórter) O procurador do Ministério Público da União junto ao Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo de Oliveira, e o auditor do TCU Antônio Costa D’Ávila foram ouvidos no primeiro dia da sessão de julgamento de Dilma Rousseff. Júlio Marcelo foi ouvido como informante da acusação, e não como testemunha, depois de um pedido da base de apoio de Dilma para dispensá-lo do processo por ter feito comentários, no Facebook, a respeito de uma manifestação contra a petista. O senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, anunciou que ele e parlamentares do PT, PCdoB e PDT entraram com uma representação contra os dois depoentes no Ministério Público Federal. Outro pedido de investigação contra Júlio Marcelo foi enviado ao Conselho Nacional do Ministério Público. Randolfe considera que eles não cumpriram com seus deveres funcionais, e que D’Ávila mentiu no depoimento. (Randolfe Rodrigues) Prevaricação, falso testemunho, deslealdade às instituições, violação do dever de parcialidade e deveres funcionais inerentes ao cargo. Toda essa acusação para o impedimento da presidente se sustenta em duas testemunhas. A primeira foi desqualificada como testemunha e passou à condição de informante. A segunda foi pego – não tem outra forma de dizer – de calças curtas em uma gravíssima contradição quando admite que colaborou na preparação da representação, e depois tenta desmentir que já tinha dito. (Repórter) Senadores pró-impeachment minimizaram o ato. O líder do PSDB, Cássio Cunha Lima, da Paraíba, criticou a iniciativa dos defensores de Dilma Rousseff. (Cássio Cunha Lima) Vejam a que ponto nós chegamos: um servidor público correto, honrado, digno, que trabalhou em cooperação com seus pares no estrito dever das suas responsabilidades funcionais, representado por aqueles que arruinaram este País. O Dr. Júlio Marcelo não precisa de solidariedade. Não estou aqui para fazê-lo, mas apenas para manifestar o nosso repúdio, o nosso desagravo aos ataques vis dirigidos não apenas ao douto procurador, mas aos auditores e Ministros do Tribunal de Contas da União, que não fizeram conluio algum, cumpriram apenas o seu dever funcional de fazer respeitar e cumprir a Lei. (Repórter) A base da presidente afastada quer que as duas testemunhas sejam punidas com a demissão do cargo público, e que os dois depoimentos sejam anulados. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

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