Senado vota em separado as penas de Dilma Rousseff — Rádio Senado
Julgamento do Impeachment

Senado vota em separado as penas de Dilma Rousseff

31/08/2016, 17h30 - ATUALIZADO EM 31/08/2016, 18h11
Duração de áudio: 01:48
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: O SENADO VOTOU EM SEPARADO AS PENAS DE DILMA ROUSSEFF. LOC: APÓS ANÁLISE DA PERDA DE MANDATO, FOI APRECIADA A INABILITAÇÃO PARA ASSUMIR CARGO PÚBLICO E DILMA SAIU VITORIOSA NESSA VOTAÇÃO. COM ISSO, ELA PODE OCUPAR CARGOS PÚBLICOS. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. TEC: O presidente do Supremo Tribunal Federal e do processo de impeachment, Ricardo Lewandowski, delegou aos senadores a decisão de fatiar as penas impostas a Dilma Rousseff. A dúvida era se, além da perda do mandato, ela ficaria sujeita à inabilitação, ou seja, não poderia exercer qualquer função pública por oito anos. O senador Fernando Collor, do PTC de Alagoas, lembrou do processo de impeachment que passou, em 1992, quando após apresentar uma carta de renúncia, o Plenário do Senado decidiu pela cassação dos direitos políticos do ex-presidente. (Collor – 26”) “Fico muito tomado pela emoção ao assistir neste plenário, neste mesmo plenário, que continuou uma sessão quando não havia mais o objeto para que ela assim se reunisse como tribunal de julgamento que me tirou o mandato, que me cassou os direitos políticos e, agora, esta mesma Casa querer dar uma interpretação ou estabelecer um novo padrão para julgamento.” (REP) Collor disse, ainda, que não poderia haver dois pesos e duas medidas e uma interpretação fatiada da Constituição. Porém, o senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, defendeu a separação, alegando que seria justo. (Cristovam – 21”) “Neste caso da inabilitação a pena é para ela. Na dúvida, portanto, eu fico com ela. Eu não vejo porque nós não termos esse tratamento diferenciado do ponto de vista conceitual, lógico e de justiça. Gostaria muito que a legalidade permitisse essa separação. Uma coisa é cuidar do Brasil. Outra e punir uma pessoa.” (REP) Depois de aprovar a perda do mandato de Dilma, o Senado manteve os direitos políticos dela. Com isso, ela pode ocupar cargos públicos. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.

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