Emoção marca última manifestação dos advogados da defesa e da acusação

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LOC: ÚLTIMA MANIFESTAÇÃO DOS ADVOGADOS DA DEFESA E DA ACUSAÇÃO EM PLENÁRIO FOI MARCADA POR DISCURSOS EMOCIONADOS. LOC: JANAÍNA PASCHOAL SE DESCULPOU PELO SOFRIMENTO CAUSADO À DILMA ROUSSEFF E JOSÉ EDUARDO CARDOZO PEDIU QUE A HISTÓRIA A ABSOLVA. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. TÉC: O último pronunciamento em plenário dos advogados da defesa e da acusação de Dilma Rousseff tiveram, além de argumentos técnicos, uma grande carga de emoção. A advogada da acusação, Janaína Paschoal, chegou a chorar ao finalizar sua fala, ao dizer que tem consciência de que o processo de impeachment causou sofrimento à presidente afastada Dilma Rousseff, e pediu desculpas. (Janaína) “Finalizo pedindo desculpas para a Senhora Presidente da República não por ter feito o que era devido, porque eu não podia me omitir diante de tudo isso. Eu peço desculpas porque eu sei que a situação que ela está vivendo não é fácil. E eu peço que ela um dia entenda que eu fiz isso pensando também nos netos dela.” (REP) Porém, o advogado da defesa, José Eduardo Cardozo, afirmou que a menção aos netos de Dilma foi profundamente injusta e também se emocionou. (Cardozo) “Eu não condeno alguém dizendo que vou resolver o futuro para os netos. Mas cada um é dono da sua razão. Eu acredito naquilo que digo e acredito que não se pode nunca, jamais, perder a capacidade de se indignar diante da injustiça. Não perco a capacidade de indignar, me dói, e eu não quero nunca perder esse sentimento ao longo da minha vida.” (REP) Para Janaína, Cardozo não foi sincero e se esquivou de responder os questionamentos feitos pela acusação enquanto pode. (Janaina) “Agora ele sai chorando porque disse que eu pedi pra condenar. Eu acho que é teatro. Agora se for real, o que eu posso fazer? Se ele teve uma hora e meia e não respondeu as perguntas. O que eu disse é que eu estou lutando por um Brasil melhor, inclusive para os netos da Presidente da República.” (REP) Durante seu pronunciamento, Cardozo disse, ainda, esperar que, em caso de condenação, se peça desculpas à Dilma Rousseff no futuro, como aconteceu com os anistiados. (Cardozo) “Peço a Deus que, se Dilma for condenada, um novo ministro da Justiça tenha a dignidade de pedir desculpas a ela; se viva, a ela; se morta, a sua filha e netos. Que a história faça Justiça com ela.” (REP) O advogado Miguel Reale Júnior também falou pela acusação e reafirmou a existência de crime de responsabilidade. Ele ressaltou a importância do papel do Senado neste processo, que, na opinião dele, tem estatura moral para realizar o julgamento e fazer justiça. Da Rádio Senado, Marcella Cunha