Dilma virá ao Senado acompanhada de Lula e 30 convidados

Transcrição
LOC: MAIS DA METADE ESTÃO INSCRITOS PARA FAZER PERGUNTAS À PRESIDENTE AFASTADA DILMA ROUSSEFF. LOC: CADA UM TERÁ CINCO MINUTOS PARA OS QUESTIONAMENTOS, COMO INFORMA O REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: (Repórter) A presidente afastada Dilma Rousseff terá meia hora para se defender das acusações de crime de responsabilidade, mas esse prazo poderá ser estendido por decisão do ministro Ricardo Lewandowski. Entre as regras acertadas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal e os senadores está a de que Dilma não poderá ser ofendida nos questionamentos. O relator do processo de impeachment na Comissão Especial, senador Antonio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, disse que essa recomendação vale para todos: (Antonio Anastasia) Nem depoente, nem testemunha, nenhuma parte pode ser ofendida. E nós temos que velar sempre por esse clima de civilidade, de harmonia, de elegância no trato com as pessoas. Tenho certeza de que os senadores que vão submeter as suas indagações a senhora presidente vão se comportar dessa maneira. (Repórter) Os senadores a favor e contrários ao impeachment terão cinco minutos cada para fazer perguntas a Dilma Rousseff, sem direito à réplica ou tréplica. E a primeira a questionar será a ex-ministra da Agricultura da presidente afastada, senadora Kátia Abreu, do PMDB de Tocantins: (Kátia Abreu) O grupo de apoio à presidente Dilma achou que seria por bem eu iniciar o questionamento. Então, eu vou me sentir muito honrada com isso e pedir ao Espírito Santo que me ilumine bastante para ter um bom diálogo nessa hora para dar a oportunidade a ela de falar e reiterar sobre a sua inocência. (Repórter) Dilma Rousseff virá ao Senado acompanhada de 20 a 30 convidados. Eles vão ocupar as galerias do plenário. O senador Paulo Rocha, do PT do Pará, confirmou a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também deve ficar nas galerias: (Paulo Rocha) A presença dele aqui é exatamente para dar esse caráter de solidariedade com a presidenta. Portanto, ela vai ficar bem mais à vontade com as presenças dos seus ex-ministros e do ex-presidente. (Repórter) Dilma Rousseff poderá usar o tempo que quiser para responder às perguntas dos senadores. Segundo o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, qualquer limitação poderia ser considerada cerceamento ao amplo direito de defesa.