Defesa de Dilma pediu a dispensa da testemunha Ester Dweck — Rádio Senado
Julgamento do Impeachment

Defesa de Dilma pediu a dispensa da testemunha Ester Dweck

26/08/2016, 12h37 - ATUALIZADO EM 26/08/2016, 14h50
Duração de áudio: 02:07
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A DEFESA DE DILMA, NO PROCESSO DE IMPEACHMENT, PEDIU A DISPENSA DA TESTEMUNHA, ESTER DWEK. LOC: OUTRO PEDIDO FOI PARA A TRANSFORMAÇÇÃO DO PROFESSOR RICARDO LODI DE TESTEMUNHA PARA INFORMANTE. A REPORTAGEM É DE MARCELA DINIZ: TEC: (Repórter): A acusação e senadores pró-impeachment haviam anunciado que levantariam a suspeição da testemunha de defesa Ester Dwek, ex-Secretária de Orçamento do Governo Federal, com o argumento de que ela estaria sendo contratada para trabalhar como assessora da senadora Gleisi Hoffmann, do PT paranaense. A questão foi apresentada, no plenário, pela advogada de acusação, Janaína Paschoal: (Janaína) Se esta pessoa não tomou posse, tem um termo assinado. O início do processo foi em maio, exatamente um mês antes da moça prestar depoimento perante à Comissão. O único caso efetivamente grave que veio à tona nesta semana foi esta contratação. (Repórter) O advogado da presidente afastada, Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, disse que o pedido de suspeição era uma retaliação ao pedido de mesmo teor feito pela defesa no primeiro dia de julgamento, e que fez o procurador junto ao Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo, passar de testemunha a informante. Para evitar constrangimento de Ester Dwek, Cardozo pediu a dispensa da testemunha: (Cardozo) Eu não vou expor a figura de uma professora universitária a esse tipo de execração política por represália, portanto, a defesa retirará a testemunha Ester Dwek. (Repórter) A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, rebateu a insinuação de aliciamento de testemunha, concordou com a dispensa de Ester Dwek, para evitar o constrangimento da professora, mas disse que as explicações dela seriam importantes para o julgamento: (Gleisi) Só lamento que, quem vai perder com isso, é esse Juízo, porque vai deixar de ter explicações importantes sobre o processo orçamentário. Porque a senhora Ester Dwek era cargo comissionado da senhora Presidenta da República, Secretária de Orçamento Federal. (Repórter) Também por pedido de José Eduardo Cardozo, o professor de Direito, Ricardo Lodi, e o economista, Luiz Gonzaga Belluzzo, passaram de testemunhas a informantes. Isso evitou novos embates no plenário, já que a acusação levantaria questionamentos sobre a imparcialidade dos dois. Lodi atuou como assistente de perícia da defesa de Dilma Rousseff e, de acordo com Janaína Paschoal, Belluzzo manifestou-se publicamente classificando o processo de impeachment como “golpe”. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

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