Julgamento de Dilma poderá se estender pelo final de semana para oitiva de testemunhas — Rádio Senado
Impeachment

Julgamento de Dilma poderá se estender pelo final de semana para oitiva de testemunhas

17/08/2016, 17h09 - ATUALIZADO EM 17/08/2016, 17h10
Duração de áudio: 02:22
Jane Araújo/Agência Senado

Transcrição
LOC: JULGAMENTO DE DILMA ROUSSEFF PODERÁ SE ESTENDER PELO FINAL DE SEMANA PARA A OITIVA DE TODAS AS TESTEMUNHAS. LOC: ALIADOS DA PRESIDENTE AFASTADA DIZEM QUE ELA PODERÁ SE DEFENDER PESSOALMENTE NO DIA 29. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC (Repórter): Na reunião com os líderes partidários, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, anunciou o rito do julgamento de Dilma Rousseff. Nos dias 25 e 26, serão inquiridas as duas testemunhas da acusação e seis da defesa. Cada parlamentar terá até 12 minutos entre perguntas, respostas, réplicas e tréplicas por testemunha. Diante da possibilidade de todos questionarem, a sessão de sexta deverá se estender até a madrugada de sábado. Segundo Lewandowski, se a oitiva das testemunhas não for concluída em dois dias, esta etapa poderá ir até domingo. (Lewandowski) Iniciaremos no dia 25 e 26, e ingressaremos, se for necessário, na madrugada de sexta para sábado porque as testemunhas serão isoladas. Portanto, nesta primeira fase, esgotaremos até quando for necessário a oitiva das 8 testemunhas. (Repórter): O líder da minoria, senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, questionou a pressa da oposição a Dilma. (Lindbergh) Acho um equívoco. Há uma pressão da base governista argumentando uma viagem do Temer para a China. Ora, julgamento de uma presidente da República não é para ser feito assim. Esse será um processo longo. (Repórter): Após as testemunhas, está previsto o comparecimento de Dilma Rousseff no dia 29. Ela poderá se manifestar por até 30 minutos e ser interrogada, se quiser, pelo presidente do Supremo, pelos advogados da acusação e defesa e pelos 81 senadores, que terão cinco minutos para as perguntas. O líder do PT, senador Humberto Costa, de Pernambuco, avalia que a presença de Dilma mudará os votos contra o impeachment. (H.Costa) È uma demonstração de que ela nada tem a temer e que vai defender a sua honra. Existem fatos que ela pode esclarecer melhor do que ninguém. Acredito que influenciará no juízo de cada senador. (Repórter): O líder do Democratas, senador Ronaldo Caiado de Goiás, avalia que a vinda de Dilma será uma confissão de culpa. (Caiado) Espero aquilo que ela disse na carta que reconhece os erros e como tal que ela confesse todos os erros de público aqui no Plenário do Senado Federal. (Repórter): Após a manifestação da presidente afastada, haverá o debate entre acusação e defesa. Na terça-feira, estão previstas a discussão dos senadores por dez minutos e a votação que definirá se Dilma será afastada definitivamente. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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