CAS debate classificação da fibromialgia como doença crônica — Rádio Senado
Assuntos Sociais

CAS debate classificação da fibromialgia como doença crônica

17/08/2016, 12h44 - ATUALIZADO EM 17/08/2016, 12h44
Duração de áudio: 02:09
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) realiza audiência pública para debater a fibromialgia e a possibilidade de sua classificação como doença crônica, com a participação de especialistas da área e de representante do Ministério da Saúde. 

Mesa (E/D): 
médica Elia Tie Kotaka; 
coordenador da Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas, do Ministério da Saúde, Sandro José Martins; 
presidente da CAS, senador Edison Lobão (PMDB-MA); 
diretor científico da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), Paulo Renato Barreiros da Fonseca; 
médica e diretora-geral da Associação Brasileira dos Fibromiálgicos Abrafibro, Sandra Santos Silva 

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CLASSIFICAÇÃO DA FIBROMIALGIA COMO DOENÇA CRÔNICA FOI DEBATIDA NESTA QUARTA-FEIRA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS DO SENADO. LOC: REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE RECONHECEU QUE HÁ PROBLEMAS NO ATENDIMENTO AOS PACIENTES COM A DOENÇA, NA REDE PÚBLICA. REPÓRTER MARCELA DINIZ: TÉC: A fibromialgia é uma doença de difícil diagnóstico que ataca o sistema nervoso e provoca dores pelo corpo e pode causar, no paciente, fadiga persistente, insônia, ansiedade e depressão. O debate na Comissão de Assuntos Sociais foi sobre a classificação dessa doença como “crônica”. Esse reconhecimento é importante para que o Sistema Único de Saúde ofereça tratamentos específicos e que os doentes mais graves consigam, junto à Previdência, o recebimento de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez. Sandra Santos, diretora da Associação Brasileira dos Fibromiálgicos, falou sobre essas dificuldades: (Sandra) Desde 2013, eu fui aposentada por invalidez através de ação judicial que ainda não tem seu trânsito julgado e aqui estamos para tentar classifica-la como doença crônica não transmissível e, até agora, sem cura. Seria uma vitória para nós, brasileiros fibromiálgicos. (REP) Diretor da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor, Paulo Renato Fonseca defendeu um tratamento multiprofissional, e o representante do Ministério da Saúde, Sandro José Martins, disse que o SUS já enquadra a doença como crônica, mas admitiu que não há atendimento adequado em todos os lugares: (Sandro) O que é necessário é ganhar capilaridade, de forma que há uma tarefa grande a ser feita, ainda, para dar efetividade para essas políticas que já estão, inclusive, pactuadas com os gestores. (REP) A audiência foi pedida pela senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, que destacou a participação de pessoas de todo o Brasil, com mensagens enviadas para o portal e-cidadania: (A.Amélia) Lorrane de Castro Alves, de Santa Catarina: “São 10 anos de dores, sem folga, sem férias, cada vez aumentam mais; às vezes não quero mais existir”. Gilda Varella, de Minas Gerais: “Somos tratados como loucos, dizendo tudo o que sentimos é imaginário. Adriana Nogueira, do rio de Janeiro: “Dignidade, respeito e compreensão são imprescindíveis para os fibromiálgicos. (REP) Atualmente, está em debate na Câmara dos Deputados projeto que estabelece diretrizes gerais para o atendimento do SUS às pessoas acometidas pela Síndrome de Fibromialgia ou Fadiga Crônica. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

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