Renan assegura que nunca foi procurado para agilizar julgamento de Dilma

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LOC: O LÍDER DA MINORIA, SENADOR LINDBERGH FARIAS, PROTESTOU, EM PLENÁRIO, CONTRA O QUE ELE CHAMOU DE INDEVIDA INTERFERÊNCIA DO PRESIDENTE INTERINO MICHEL TEMER PARA AGILIZAR O PROCESSO DE IMPEACHMENT. LOC: MAS O PRESIDENTE DO SENADO, RENAN CALHEIROS, E O LÍDER DO GOVERNO, ALOYSIO NUNES FERREIRA, NEGARAM QUALQUER PEDIDO PARA ACELERAR A CONCLUSÃO DO JULGAMENTO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: (Repórter) O senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, leu o trecho de uma reportagem do jornal O Globo no qual o presidente interino Michel Temer estaria agindo junto aos senadores para antecipar o julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff. ( Lindbergh Farias) Esse não é o papel do Presidente interino Michel Temer! É um desrespeito! Ele está envolvido nesse processo, tem interesse. Então, você vê: um Presidente interino articulando, tentando acelerar o processo; isso para nós é um desrespeito ao Senado Federal. (Repórter) Mas o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, assegurou que nunca foi procurado por Michel Temer para agilizar o julgamento de Dilma Rousseff: (Renan Calheiros) O presidente não falou, não falaria. Nós temos um calendário, um roteiro que foi mais ou menos pré-definido, que será conversado com os senadores e com os líderes partidários, para que nós possamos começar em 25, 26 o julgamento. (Repórter) O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, também garantiu que não houve nenhuma interferência de Michel Temer: (Aloysio Nunes Ferreira) Eu sou Líder do Governo no Senado e quero dizer que em nenhum momento o Presidente Michel Temer me pediu que atuasse junto à minha Bancada e às Bancadas aliadas para agilizar qualquer coisa, mesmo porque não é possível agilizar prazo, como foi dito aqui. Os prazos são fixados por lei, pelo Regimento Interno ou pela lei do impeachment, e os prazos estão sendo cumpridos rigorosamente. (Repórter) A expectativa do presidente Renan Calheiros é que o Senado conclua o julgamento de Dilma Rousseff até 31 de agosto.