Brasil deve terminar 2016 com queda de 3,5% no crescimento econômico — Rádio Senado
Economia

Brasil deve terminar 2016 com queda de 3,5% no crescimento econômico

28/07/2016, 14h36 - ATUALIZADO EM 28/07/2016, 14h36
Duração de áudio: 02:30
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Transcrição
LOC: O BRASIL DEVERÁ TERMINAR 2016 COM UMA QUEDA DE TRÊS E MEIO NO CRESCIMENTO ECONÔMICO. LOC: A PREVISÃO É DA COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE, O CEPAL, DIVULGADA NESTA SEMANA. MAIS INFORMAÇÕES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: TÉC: A estimativa é de recessão na América do Sul e Caribe em 2016. O Brasil terá uma queda de três e meio por cento, a Argentina de um e meio por cento e a Venezuela o pior resultado: uma contração de oito por cento. A América Central, ao contrário, vai crescer. Segundo a comissão das Nações Unidas, a República Dominicana vai liderar com uma taxa de crescimento de seis por cento, seguida pelo Panamá, com cinco vírgula nove por cento. O México deverá crescer dois vírgula três por cento. Em média, a previsão é que a América do Sul vai ter uma queda de mais de dois por cento, enquanto a América Central vai ter uma expansão de mais de dois e meio por cento. A Cepal atribui a desaceleração da economia da América do Sul à redução do consumo. No que se refere ao Brasil, o senador José Medeiros, do PSD do Mato Grosso, ressaltou que a insegurança política impede os investimentos no país. (MEDEIROS) “O que o Brasil fez nos últimos anos foi rasgar dinheiro. E a gente sabe que o dinheiro está aí. As pessoas querem investir, mas só não estão investindo neste momento porque não se sentem seguras. O Congresso está com muita boa vontade de ajudar o Brasil a sair dessa crise. E aprovar os remédios infelizmente amargos que vamos precisar tomar. Nós estamos um país não é doente não, estamos pra lá de doentes, estamos na UTI”. (REPÓRTER): A crise internacional e a instabilidade política foram apontadas pela presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, como fatores de crise. Ela ainda disse que a retração dos gastos públicos, associada ao baixo consumo, resultou em redução investimentos no país. E disse temer que o pacote de austeridades que o presidente interino Michel Temer quer adotar agrave a crise no Brasil. (GLEISI) “Preocupa-me porque, embora esse governo interino que está aí autorizando déficit, agora, momentâneo, prepara um pacote de ajustes e de austeridade que vai levar a nossa economia a uma retração maior. Por exemplo, fazer uma reforma da previdência, desvincular o salário mínimo do aumento real e dos benefícios previdenciários, desvincular os recursos da saúde e da educação. Tudo isso vai ter consequências muito graves na economia brasileira”. (REPÓRTER): O relatório da Cepal recomenda investimento público e privado urgente para evitar o agravamento da crise econômica na América do Sul. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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