Governo prevê déficit de R$ 139 bilhões para 2017
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LOC: A BUSCA POR ARRECADAÇÃO, A DIMINUIÇÃO DOS GASTOS E A CONCLUSÃO DAS OBRAS INACABADAS ESTÃO ENTRE AS METAS DO GOVERNO PARA A LEI DAS DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS DE 2017.
LOC: A PREVISÃO DO GOVERNO PARA 2017 É DE UM DÉFICIT DE 139 BILHÕES. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
TEC: O relator da LDO de 2017, senador Wellington Fagundes, do PR de Mato Grosso, lembra que há a possibilidade do governo propor novos impostos, com o objetivo de aumentar a arrecadação. Wellington Fagundes, ao ser indagado se colocaria na LDO alguma previsão de novo tributo, caso da CPMF, destacou que essa medida não cabe a um parlamentar:
(WELLINGTON): Não. Eu nem sei se o governo quer apresentar isso, como eu vou ter a iniciativa como relator? E nem é papel meu como parlamentar propor a criação de um imposto. O governo terá de buscar formas de arrecadação. O presidente Michel já veio a público dizer que medidas amargas terão de ser tomadas. Está claro que com um déficit de 139 bi, o governo terá de arrumar fontes de arrecadação e essas fontes têm de ser aqui dentro do país.
(PENNA): Outro aspecto econômico discutido na LDO é o alto custo dos pagamentos de juros e amortizações da dívida pública, que respondem por quase metade do orçamento anual, cerca de 1 trilhão e 400 bilhões de reais. Wellington Fagundes acredita que somente com a melhora da imagem do governo será possível diminuir esse gasto:
(WELLINGTON): Acho que o mercado financeiro, como Delfin Neto disse no passado, bom negociador ele não precisa pagar, ele tem de ter capacidade de rolar e ter credibilidade no mercado.
(PENNA): Outra questão importante para o senador é a necessidade de serem cadastradas e concluídas as obras inacabadas:
(WELLINGTON): Uma obra inacabada não serve pra nada. Por isso nós colocamos aqui, inclusive, a obrigatoriedade mais quesitos no sentido de fazer com que o Brasil conclua esses milhares de obras inacabadas.
(PENNA): A Comissão Mista de Orçamento marcou para quarta-feira, às duas e meia da tarde a votação do projeto da LDO 2017. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.