Ministro da Saúde nega qualquer intenção de diminuir o tamanho do Sistema Único de Saúde — Rádio Senado

Ministro da Saúde nega qualquer intenção de diminuir o tamanho do Sistema Único de Saúde

06/07/2016, 12h54 - ATUALIZADO EM 06/07/2016, 12h54
Duração de áudio: 02:28
Marcos Oliveira / Agência Senado

Transcrição
LOC: O MINISTRO DA SAÚDE, RICARDO BARROS, NEGOU QUALQUER INTENÇÃO DE DIMINUIR O TAMANHO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. LOC: A AFIRMAÇÃO FOI FEITA NESTA QUARTA-FEIRA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS. OS SENADORES APONTARAM DESAFIOS E PROBLEMAS NO SUS E MANIFESTARAM PREOCUPAÇÃO COM CORTES NO ORÇAMENTO DA ÁREA. DETALHES DO REPÓRTER GEORGE CARDIM. Téc: Com o maior orçamento da Esplanada dos Ministérios, com mais de 100 bilhões de reais em 2016, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, listou as 11 prioridades da pasta. Entre elas, fortalecer a atenção básica, combater o mosquito da dengue e aumentar a participação de brasileiros no programa Mais Médicos. O Ministério também deve buscar incorporar novos tratamentos e remédios, qualificar os profissionais da saúde e garantir o funcionamento das UPAS, ambulâncias e equipamentos comprados e não instalados. Ricardo Barros afirmou seu compromisso de aperfeiçoar o controle dos gastos e melhorar o atendimento médico e hospitalar público. Questionado sobre uma declaração recente dada à imprensa, o ministro negou a intenção de diminuir o tamanho do Sistema Único de Saúde. (Barros) “Aquela afirmação, que foi publicada na Folha de São Paulo, quem leu a entrevista sabe que eu não falei aquilo. Fica claro que eu não me referi ao redimensionamento do Sus. O Sus é um grande desafio para nós todos brasileiros, a gratuidade, ela é garantida pela Constituição e pela universalidade” (Cardim). Os senadores apontaram uma série de problemas no Sistema Único de Saúde, como por exemplo, as crises nas Santas Casas e as filas nos hospitais públicos e para transplantes de órgãos. O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, que pediu a audiência, manifestou preocupação com a Proposta de Emenda à Constituição em discussão no Congresso que estabelece um teto para os gastos públicos e poderia reduzir o orçamento da saúde (Costa) “Nós temos um grave problema de subfinanciamento. Vai levar rapidamente a um processo de esgotamento deste sistema. Só para se ter uma ideia, dos cálculos que eu vi, isto representaria em 2017 uma perda de 4,9 bilhões, e em 2018 uma de 8,6 bilhões”. (Cardim) O ministro da Saúde insistiu em que não haverá cortes e garantiu a assistência à população e a atenção aos visitantes durante as Olimpíadas, em agosto, no Rio de Janeiro. Segundo Barros, a probabilidade de um turista ou atleta pegar dengue durante os jogos é praticamente zero.

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