Presidente do Senado diz que não mudará lei da delação premiada durante sua gestão — Rádio Senado

Presidente do Senado diz que não mudará lei da delação premiada durante sua gestão

21/06/2016, 22h41 - ATUALIZADO EM 21/06/2016, 22h41
Duração de áudio: 02:01
Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária.

À mesa, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) preside sessão.

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
Jonas Pereira

Transcrição
LOC: PRESIDENTE DO SENADO AVISA QUE MUDANÇA NA LEI DE DELAÇÃO PREMIADA NÃO SERÁ DISCUTIDA NA GESTÃO DELE. LOC: ELE ANUNCIOU QUE O PEDIDO DE IMPEACHMENT CONTRA O PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA DEPENDE DE PARECER DA ADVOCACIA GERAL DO SENADO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (REP) O presidente do Senado, Renan Calheiros do PMDB de Alagoas, avisou que enquanto estiver no comando do Congresso Nacional não vai discutir nem votar qualquer mudança na Lei da Delação Premiada. Ele lembrou que quando era ministro da Justiça defendia o uso do mecanismo que permite a redução da pena para os presos que colaborarem com as investigações. Renan Calheiros defendeu o fim da legalização de dinheiro da corrupção. Mas ponderou que discutir as mudanças neste momento pode sinalizar uma retaliação à Operação Lava Jato. (Renan) Será que é correto alguém que desviou milhões de reais dos cofres públicos fazer uma delação e receber como prêmio salvar uma grande parte dos recursos desviados. Então não é nada absolutamente com relação à Lava Jato. É claro que ela precisa ser regulamentada, mas ela não será regulamentada por mim enquanto eu for presidente do Senado Federal. REP: Renan Calheiros encaminhou para a Advocacia do Senado o último pedido de impeachment contra o procurador-geral da República. Duas advogadas alegam imparcialidade de Rodrigo Janot por ter solicitado a prisão de políticos acusados de atrapalharem a Lava Jato e não ter feito o mesmo em relação à presidente afastada, Dilma Rousseff, e ao ex-presidente Lula. Renan Calheiros negou qualquer tipo de retaliação ao chefe do Ministério Público ao lembrar que arquivou quatro pedidos de impeachment contra Janot e que outros cinco serão analisados com isenção, incluindo o das advogadas. (Renan) A imprensa discutiu bastante e falou até em ameaça. Imagina. Quem me conhece sabe que não sou de ameaçar absolutamente. Eu dei apenas uma notícia. Trouxe uma informação e vou avaliar a exemplo dos quatro pedidos que já arquivei. REP: A Advocacia do Senado não tem um prazo para se manifestar sobre os pedidos de impeachment contra o procurador. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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