Líder do governo considera difícil acordo para votação rápida da DRU

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LOC: LÍDER DO GOVERNO CONSIDERA DIFÍCIL ACORDO PARA VOTAÇÃO RÁPIDA DA PROPOSTA QUE LIBERA OS GOVERNOS FEDERAL, ESTADUAIS E MUNICIPAIS A GASTAREM LIVREMENTE TRINTA POR CENTO DO ORÇAMENTO.
LOC: A OPOSIÇÃO DEFENDE QUE A CHAMADA DRU SEJA DISCUTIDA PELA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, se comprometeu em votar rapidamente a Desvinculação das Receitas da União. Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou a proposta que autoriza os governos federal, estaduais e municipais a gastarem livremente até 30% do Orçamento. Hoje, as despesas estão todas definidas, o que impede os investimentos. Apesar de reconhecer a relevância e urgência da chamada DRU, o líder do governo, senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, descartou celeridade na sua análise. Ele explicou que a Proposta de Emenda à Constituição será apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça e depois submetida a duas votações no Plenário do Senado. Aloysio Nunes não acredita que a oposição aceitará a votação da DRU num calendário especial.
(Aloysio Nunes Ferreira) Um acordo para quebrar o interstício pressupões unanimidade. Todos os senadores, inclusive todos. Acho irrealista imaginar que todos os senadores concordem porque há senadores da oposição que querem acima de tudo atrapalhar o governo e acima de tudo atrapalhar o País.
(Repórter) A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, defendeu que a DRU seja debatida também pela Comissão de Assuntos Econômicos. E antecipou que além do calendário, a oposição tem divergências no mérito.
(Gleisi Hoffmann) Com certeza, não aceitamos a DRU como está colocado para Estados e Municípios porque isso tem impacto direto nos gastos da saúde. O percentual para estados e municípios não é possível. Já temos a DRU, que vinha sendo administrado pelo governo anteriormente, que achamos que é razoável. Agora você ampliar isso, não tem negociação.
(Repórter) Segundo a proposta aprovada pela Câmara, a Desvinculação das Receitas da União será prorrogada até o ano de 2023 para os governos federal, estaduais e municipais.