Pesquisa revela que uma em cada quatro mães sofre depressão pós-parto no Brasil
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Transcrição
LOC: UMA EM CADA QUATRO MÃES SOFRE DE DEPRESSÃO PÓS-PARTO NO BRASIL. FOI O QUE REVELOU UMA PESQUISA DA ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA DA FIOCRUZ.
LOC: SENADORES PEDEM ATENÇÃO PARA A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA QUE PODE AGRAVAR OS CASOS DE DEPRESSÃO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI:
TÉC: A pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública ouviu 23 mil mulheres e constatou que 26,3 por cento das mães sofrem de depressão pós-parto. O índice está acima da média global de 19,8 por cento, registrada pela Organização Mundial da Saúde. As causas da doença são amplas, mas o problema pode ser agravado pela chamada violência obstétrica, que abrange casos de desrespeito, assédio moral e físico, abuso e negligência médica durante a gravidez e, principalmente, na hora do parto. A pesquisa sobre a depressão faz parte do estudo “Nascer no Brasil”, que apontou o excesso de cesarianas – 52 por cento na rede pública e 88 por cento no setor privado. A senadora Ângela Portela, do PT de Roraima, lembrou que a imposição dos profissionais de saúde para que a mulher recorra à cesariana também é uma violência e transforma o nascimento em comércio:
(ANGELA) Precisamos avançar muito nas políticas voltadas para combater esse tipo de violência. Apresentar propostas viáveis, destinar recursos no orçamento para que os estados e os municípios possam implementar essas políticas tão importantes para combater a violência obstétrica.
(MAURÍCIO): Também o senador Paulo Paim, do PT gaúcho, acredita que o parto humanizado pode reduzir os casos de depressão nas mães. Por isso, o senador defendeu medidas para incentivar essa prática:
(PAULO PAIM): O parto humanitário é muito importante, é valioso, precioso, e merece de nós toda a atenção. creio que a sua implementação trará com certeza a melhoria da qualidade de vida.
(MAURÍCIO): Por meio de nota, o Ministério da Saúde afirmou que as unidades básicas de saúde estão preparadas para identificar e tratar os casos de depressão pós-parto. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.