Lindbergh defende criação de tribunal paralelo para acompanhar impeachment
Um tribunal paralelo, formado por juristas internacionais, para acompanhar o processo de impeachment da presidente Dlma Russeff. É o que defende o senador Lindbergh Farias (PT – RJ). O objetivo é que esse grupo acompanhe os trabalhos do Senado durante o julgamento da presidente Dilma Rousseff, caso os senadores aceitem a denúncia que pode levar ao impeachment da presidente da República. A oposição criticou a ideia, que considera uma tentativa de intimidação. Reportagem de O objetivo é que esse grupo acompanhe os trabalhos do Senado durante o julgamento da presidente Dilma Rousseff, caso os senadores aceitem a denúncia que pode levar ao impeachment da presidente da República.
Transcrição
LOC: UM TRIBUNAL PARALELO, FORMADO POR JURISTAS INTERNACIONAIS, PARA ACOMPANHAR O PROCESSO DE IMPEACHMENT DA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF.
LOC: É O QUE DEFENDE O SENADOR LINDBERGH FARIAS, DO PT DO RIO DE JANEIRO. A OPOSIÇÃO CRITICOU A IDEIA, QUE CONSIDERA UMA TENTATIVA DE INTIMIDAÇÃO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI:
Téc (Repórter): O senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, defendeu a ideia de que sejam reunidos juristas internacionais em uma espécie de tribunal paralelo. O objetivo é que esse grupo acompanhe os trabalhos do Senado durante o julgamento da presidente Dilma Rousseff, caso os senadores aceitem a denúncia que pode levar ao impeachment da presidente da República:
(LINDBERGH FARIAS): E eu já anuncio aqui: uma articulação nossa para chamar um acompanhamento internacional a esse processo. Na eventualidade de essa admissibilidade passar, a gente quer montar um tribunal paralelo com os maiores juristas do mundo de todas as universidades, para acompanhar passo a passo o trabalho nosso aqui, porque o fato, e eu repito, que impeachment sem crime de responsabilidade não tem jeito, é golpe.
(Repórter): Mas os senadores oposicionistas avaliam que a democracia brasileira está madura para enfrentar um processo de impeachment dentro do que está previsto em lei. O senador Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo, por exemplo, avalia que esse acompanhamento internacional é uma tentativa de intimidação:
(RICARDO FERRAÇO): Não vai intimidar ninguém. Não vai intimidar o Senado da República, não vai intimidar o Supremo Tribunal Federal, até porque nós sabemos que a democracia brasileira vai bem, e esses tribunais além-mar que ele quer trazer para o Brasil não encontrarão eco nem guarida, porque quem vai mal aqui é o Governo dele, e quem vai muito bem aqui é a democracia brasileira.
(Repórter): O julgamento da presidente Dilma Rousseff pelo Senado só vai acontecer se a maioria dos senadores aceitar a denúncia por crime de responsabilidade apresentada pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.