Decisão da Câmara de autorizar abertura de processo de impeachment repercute no Senado — Rádio Senado
Crise política

Decisão da Câmara de autorizar abertura de processo de impeachment repercute no Senado

18/04/2016, 18h50 - ATUALIZADO EM 18/04/2016, 19h49
Duração de áudio: 02:03
Documentação relativa ao processo de impeachment chega à Secretaria Geral da Mesa do Senado Federal (SGM). 

A pilha de documentos do processo, com 36 volumes e 11 anexos, é entregue por um servidor da Câmara dos Deputados. 

Foto: Moreira Mariz/Agência Senado
Moreira Mariz

Transcrição
LOC: A DECISÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS DE AUTORIZAR A ABERTURA DE UM PROCESSO DE IMPEACHMENT CONTRA A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF REPERCUTIU NO PLENÁRIO DO SENADO. LOC: SENADORES DO GOVERNO E DA OPOSIÇÃO OCUPARAM A TRIBUNA NESTA SEGUNDA-FEIRA PARA TRATAR DO ASSUNTO. CABE AO SENADO ANALISAR A CONTINUIDADE DO PROCESSO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: (Repórter) Na avaliação do senador Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo, os 367 votos favoráveis à admissibilidade da denúncia revelam a insatisfação de deputados da própria base do governo: (Ricardo Ferraço) O Governo está experimentando aquilo que plantou ao longo desses anos, que foi um esgotado presidencialismo de coalizão que, na prática, revelou-se ao longo do tempo como um presidencialismo de cooptação. (Repórter) Para a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, a decisão da Câmara é um incentivo para a superação da crise política e econômica: (Ana Amélia) Creio sinceramente que o que aconteceu domingo é também um elemento fundamental para inspirar as lideranças, para inspirar de maneira absolutamente comprometida com o interesse nacional, de superar a crise. (Repórter) Já a senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, espera que o Senado reveja a decisão da Câmara. Ela citou reportagem de um jornal alemão que criticou a postura dos deputados durante o processo de votação: (Gleisi Hoffmann) Havia tudo o que se possa imaginar: lembranças aos netos, xingamentos contra a educação sexual nas escolas, paz em Jerusalém, elogios a um torturador do antigo regime militar, o jubileu de uma cidade, e assim por diante, afirma o jornal. (Repórter) E a senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, lembrou que muitos deputados que votaram pelo impeachment respondem a processos por corrupção: (Vanessa Grazziotin) Como tantas pessoas denunciadas em crimes de desvio, de corrupção, alguns até julgados já, julgam uma Presidente contra quem não há uma denuncia sequer. (Repórter) Integrante do PMDB, que tem a maior bancada no Senado, com 18 integrantes, a senadora Rose de Freitas, do Espírito Santo, defendeu uma ampla reforma política para solucionar a crise atual: (Rose de Freitas) A importância de implementar uma reforma política no país, não mais com a hipocrisia de fingir estar fazendo aquilo que não está fazendo. Na minha modesta opinião, o Parlamentarismo poderia ser perfeitamente uma boa alternativa. (Repórter) A denúncia contra a presidente Dilma Rousseff já chegou ao Senado.

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