Senador cobra dos laboratórios públicos produção da fosfoetalonamina
Transcrição
LOC: SENADOR COBRA DOS LABORATÓRIOS PÚBLICOS A PRODUÇÃO DA CHAMADA PÍLULA DO CÂNCER.
LOC: A LEI APROVADA PELO SENADO EM MARÇO FOI SANCIONADA SEM VETOS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) Apesar da contrariedade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, foi sancionada a lei aprovada pelo Senado em março que libera em caráter excepcional, enquanto durarem os estudos clínicos, a fabricação, importação, prescrição e uso da fosfoetanolamina. A substância imita um composto existente no organismo capaz de identificar e destruir as células cancerosas. A nova lei, no entanto, só libera a chamada pílula do câncer para os pacientes que comprovarem o diagnóstico de câncer e assinarem um termo de consentimento e responsabilidade pelo seu uso. Ainda de acordo com a lei, apenas laboratórios autorizados pela Anvisa poderão produzir a substância. Por decisão do Supremo Tribunal Federal, a Universidade de São Paulo fica desobrigada de fornecer a fosfoetanolamina por falta de testes. Mas o senador Ivo Cassol do PP de Rondônia afirmou que com a sanção da lei os laboratórios públicos poderão fabricar a chamada pílula do câncer.
(Ivo Cassol) Temos agora a oportunidade de colocarmos à disposição os 17 laboratórios do Ministério de Ciência e Tecnologia, mais os laboratórios da Marinha e Aeronáutica e produzir esse medicamento e distribuir a custo zero para os pacientes de câncer.
(Repórter) A senadora Ana Amélia do PP gaúcho ressaltou que a produção em laboratórios públicos acabará com os clandestinos.
(Ana Amélia) Por isso que é importante avaliar e aguardar a decisão a partir da oferta do produto. Já sei que existem laboratórios produzindo clandestinamente esse produto. Esse que é o perigo maior. A pessoa pode estar vendendo um produto que não é aquela composição produzida na USP, lá em São Carlos.
(Repórter) A Anvisa citou riscos para as pessoas a liberação da fosfoetáno lamina sem os testes clínicos.