Comissão debate aumento de produção de energias renováveis e redução dos desmatamentos
Transcrição
LOC: O AUMENTO DA PRODUÇÃO DE ENERGIAS LIMPAS RENOVÁVEIS, A REDUÇÃO DOS DESMATAMENTOS E O REFLORESTAMENTO DAS ÁREAS DESMATADAS.
LOC: ESSES FORAM ALGUNS DOS TEMAS TRATADOS EM AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO MISTA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
TÉC: Como parte do acordo internacional celebrado em Paris durante a COP-21, o Brasil tem de alcançar sua Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida, a chamada INDC. O país assumiu que, até 2030, terá reduzido em 43% a emissão de Gases de Efeito Estufa. Para debater a questão a Comissão Mista de Mudanças Climáticas promoveu uma audiência pública com representantes do Governo, ONGs e Universidades. O representante do Ministério do Meio Ambiente, José Domingos Gonzalez Miguez resumiu a obrigação brasileira de fazer sua parte para combater o aquecimento global:
(DOMINGOS) O acordo em Paris tem natureza juridicamente vinculante. Nós vamos ter que submeter a ratificação ao Congresso. O objetivo global é manter o aumento de temperatura até ao final do século abaixo de 2 Graus Celsius, com vistas a limitar esse aumento até 1 Grau e meio.
(PENNA): O senador Donizeti Nogueira, do PT de Tocantins, lembrou que o Brasil pode aumentar a produção de alimentos sem novos desmatamentos:
(DONIZETI): Nós podemos duplicar a produção de alimentos sem ter que continuar desmatando. 15 milhões de hectares de pastagens degradadas a ser recuperadas, que pode ser feito. Vai recuperar as pastagens, pode produzir cereais, vai produzir proteína de carne de boi e outros e podemos produzir florestas.
(PENNA): A questão da preservação e do uso das áreas desmatadas foi respondida pelo pesquisador Tiago Reis, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, que criticou as tentativas de alterar judicialmente o novo Código Florestal:
(TIAGO): Eu acredito que o Código ele tem de ser implementado como está. Então, assim, você mudar a regra do jogo agora que está num estágio – digamos assim - médio de implementação, não é interessante para o Brasil. Todas essas medidas geram insegurança jurídica.
(PENNA): Como parte do Acordo de Paris, o Brasil também se comprometeu a aumentar em 23% até 2030 a produção de energia doméstica não poluente. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.