Senadores querem debater o chamado "presidencialismo de coalizão" — Rádio Senado
Reforma política

Senadores querem debater o chamado "presidencialismo de coalizão"

31/03/2016, 19h43 - ATUALIZADO EM 31/03/2016, 19h43
Duração de áudio: 02:00
Jonas Pereira/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES QUEREM DISCUTIR O CHAMADO “PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO” QUE OBRIGA O OCUPANTE DO PALÁCIO DO PLANALTO A TER UMA MAIORIA NO CONGRESSO NACIONAL. LOC: ELES DEFENDEM A REDUÇÃO DO NÚMERO DE PARTIDOS E O FIM DAS COLIGAÇÕES, JÁ APROVADAS PELO SENADO, MAS BARRADAS PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) A destinação dos cargos do PMDB, que deixou o governo, para outros partidos da base aliada pela presidente Dilma Rousseff no momento em que a Câmara dos Deputados discute o pedido de impeachment suscitou o debate sobre a Reforma Política. Diversos senadores defendem mudanças no chamado presidencialismo de coalizão que obriga o Palácio do Planalto a trocar apoio político por vagas na Esplanada dos Ministérios. O líder do governo, senador Humberto C osta, do PT de Pernambuco, avalia que esse modelo favorece a barganha e os casos de corrupção. (Humberto Costa) Temos um sistema auto-denominado de presidencialismo de coalizão que está absolutamente esgotado, exaurido, que não tem mais nada a oferecer e torna uma obrigação do Parlamento uma reforma político-eleitoral. (Repórter) O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, lembrou que a Câmara rejeitou a reforma política aprovada pelos senadores, que reduzia o número de partidos e acabava com as coligações. (Renan Calheiros) Se não houver essa redução, teremos cada vez mais dificuldade para construir maioria parlamentar. A história demonstra que quando você não constrói maioria parlamentar você colabora com as crises. É por isso que o presidencialismo de coalizão tem sido uma fábrica de crises. (Repórter) O líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima, da Paraíba, avalia que a redução do número de partidos poderá ser votada novamente. (Cássio Cunha Lima) Proibir as coligações partidárias e você ter cláusulas de barreira para o futuro e cláusulas de desempenho. Ou seja, os partidos que não conseguirem o desempenho mínimo a partir da proibição das coligações, eles com o tempo vão desaparecendo. O que não pode é uma democracia como a nossa conviver com 40 partidos. (Repórter) Segundo a Justiça Eleitoral, existem 35 partidos políticos no País.

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