Vice-presidente do PMDB nega que saída do governo esteja relacionada ao processo de impeachment
Transcrição
LOC: VICE-PRESIDENTE DO PMDB, SENADOR ROMERO JUCÁ NEGA QUE SAÍDA DO GOVERNO ESTEJA RELACIONADA AO PROCESSO DE IMPEACHMENT CONTRA A PRESIDENTE DILMA
LOC: MAS O LÍDER DO PT, SENADOR PAULO ROCHA, ACUSA SIGLA DE ESTAR DE OLHO NO PALÁCIO DO PLANALTO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
TÉC: Por aclamação, o Diretório Nacional do PMDB decidiu deixar o governo da presidente Dilma Rousseff e entregar todos os cargos sob pena de processo no Conselho de Ética do partido. O primeiro vice-presidente do PMDB, senador Romero Jucá, de Roraima, negou que a decisão esteja relacionada com ao impeachment Dilma. Ele argumentou que o partido não tem sido ouvido nas decisões da petista e que a permanência no governo divide a legenda que quer disputar as eleições de 2018. Disse ainda que o partido defenderá outras propostas que tirem o País da recessão. Romero Jucá deixou claro que saída do governo não significa que o PMDB será oposição.
(Jucá PMDB) Não fomos para a oposição. O PMDB saiu da base do governo e será independente nas votações deixando de estar alinhado ao PT. O que for importante para o Brasil, o PMDB votará a favor. O que entendermos o que for negativo para a sociedade, votaremos contrário. É assim que o PMDB vai se comportar.
REP: Ao lembrar que o PMDB sempre foi um partido dividido, o líder do PT, senador Paulo Rocha, do Pará, avalia que muitos peemedebistas continuarão apoiando o governo Dilma. Ao comentar a decisão em si, o petista acusou a direção do partido de estar de olho no Palácio do Planalto, já que o vice-presidente da República, Michel Temer, é do PMDB .
(Paulo) Acho que parte do PMDB, que, numa posição oportunista, se alia aos golpistas e traz problemas para a nossa democracia. Estamos dialogando com setores democratas do PMDB.
REP: O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, não compareceu à reunião do partido sob o argumento de que o cargo ocupado por ele exige isenção.
(Renan) Não compareci à reunião do PMDB para não partidarizar o papel que exerço como presidente do Senado. Acho que mais do que nunca a instituição deve ser preservada. É preciso demonstrar isenção e independência. E esses são fundamentalmente os meus compromissos.
REP: O PMDB tem uma bancada de 68 deputados e 18 senadores.