CDH debate desigualdade racial nas instituições do sistema financeiro — Rádio Senado
Audiência pública

CDH debate desigualdade racial nas instituições do sistema financeiro

28/03/2016, 13h11 - ATUALIZADO EM 28/03/2016, 13h11
Duração de áudio: 01:55
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: AS DESIGUALDADES E DISCRIMINAÇÕES EXISTENTES NO MERCADO DE TRABALHO AINDA SÃO MAIS EVIDENTES NAS INSTITUIÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO. LOC: A RECLAMAÇÃO FOI APRESENTADA NESTA SEGUNDA-FEIRA DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO PARA DEBATER A INCLUSÃO NOS BANCOS. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) No primeiro semestre de 2015, as indústrias despencaram mais de 6%, e o comércio registrou a maior queda de vendas desde 2003. Mas o lucro dos bancos bateu todos os recordes. Cresceu 40% no primeiro semestre de 2015 na comparação com o ano anterior. Ainda assim não se vê uma diversidade racial e de gênero compatível nas instituições financeiras. Especialmente em cargos mais altos, de gerência ou direção. Em relação aos bancos privados, por exemplo, os bancos públicos têm uma representação um pouco maior de pessoas pardas ou negras, mas que não chega a ultrapassar os 20% do total. O presidente da Comissão de Diretos Humanos e Legislação Participativa, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, disse que algumas instituições financeiras vêm capacitando os trabalhadores para tentar reduzir as desigualdades. Mas o Frei David Santos, presidente da Educafro, acha pouco. Ele disse que os movimentos negros vão entrar com uma série de ações judiciais e fazer novas demandas. (David Santos) Queremos quota nos bancos. Quotas! (Repórter) No caso das pessoas com deficiência, a lei atual já prevê quotas. Ainda assim, elas também estão sendo discriminadas pelos bancos, segundo José Roberto Santana Silva. Ele é representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. (José Roberto) Só um banco hoje (...) cumpre a lei de quota. (Floriano) O representante do Ministério Público do Trabalho, também presente na audiência pública, disse que a discriminação de gênero, de raça e até de idade é uma realidade nas instituições financeiras e deve ser combatida fortemente.

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