Crimes contra jornalistas devem ser investigados pela Polícia Federal, propõe Paulo Bauer — Rádio Senado
Violência

Crimes contra jornalistas devem ser investigados pela Polícia Federal, propõe Paulo Bauer

No Brasil, ataques fatais contra jornalistas no exercício da profissão são superiores aos de países em guerra, como a Líbia e o Sudão do Sul. Segundo o senador Paulo Bauer (PSDB – SC), o Brasil é o quinto país mais perigoso do mundo para o exercício da profissão de jornalista. O senador Bauer apresentou no Senado uma proposta (PLS 665/2015) que transfere à Polícia Federal a responsabilidade de investigar crimes contra jornalistas.

29/02/2016, 12h49 - ATUALIZADO EM 29/02/2016, 14h47
Duração de áudio: 01:56
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: O BRASIL É O QUINTO PAÍS MAIS PERIGOSO DO MUNDO PARA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE JORNALISTA. LOC: É O QUE INFORMOU O SENADOR PAULO BAUER, DO PSDB DE SANTA CATARINA, AUTOR DE PROPOSTA QUE TRANSFERE À POLÍCIA FEDERAL A REPONSABILIDADE DE INVESTIGAR CRIMES CONTRA JORNALISTAS. REPÓRTER IARA FARIAS BORGES. (Repórter) No Brasil, ataques fatais contra jornalistas no exercício da profissão são superiores aos de países em guerra, como a Líbia e o Sudão do Sul. O Senador Paulo Bauer, do PSDB de Santa Catarina, ressaltou que estar entre os países mais perigosos do mundo para o exercício da profissão de jornalismo constrange o Brasil. Em 2015, foram 140 casos de ataques, atentados, agressões, ameaças, detenções, ofensas e intimidações contra jornalistas em trabalho. (Paulo Bauer) “Um número excessivo e expressivo de atentados, de ataques e até de situações graves sofridas por jornalistas no exercício de sua profissão. Isso precisa acabar! Nós não podemos continuar figurando nessa péssima classificação em termos mundiais”. (Repórter) Paulo Bauer lembrou que está na Comissão de Constituição e Justiça um projeto de lei de autoria dele que pode contribuir para proteger a categoria. A proposta determina que os crimes cometidos contra jornalistas no exercício da profissão sejam investigados pela Polícia Federal, e não mais pela Polícia Civil. (Paulo Bauer) “Um jornalista pode estar dando uma notícia lá no Rio Grande do Sul de uma assunto que diz respeito a São Paulo. Ou um de São Paulo de um assunto que tenha relação com o estado do Maranhão. Até que a Polícia Civil do Maranhão fale com a de São Paulo e a de São Paulo fale com o Rio Grande do Sul, Pronto! O crime já aconteceu, as ofensa à liberdade de imprensa já aconteceu e você não tem mais como corrigir. Tudo vira papel, tudo vira processo e nada vira solução. (Repórter) Paulo Bauer disse que os jornalistas querem trabalhar com segurança. E apelou ao presidente da CCJ, o senador José Maranhão, do PMDB da Paraíba, para que defina logo o relator. PLS 665/2015

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