Senado aprova mudanças nas regras de exploração do pré-sal

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LOC: POR 40 A 26, O PLENÁRIO DO SENADO APROVA O PROJETO QUE MUDA AS REGRAS DE EXPLORAÇÃO DO PETRÓLEO DO PRÉ-SAL. LOC: APESAR DO VOTO CONTRÁRIO DO PT, O GOVERNO ACABOU APOIANDO A PROPOSTA QUE RETIRA DA PETROBRÁS A OBRIGAÇÃO DE CONTROLAR ESSES CAMPOS POR QUALQUER EMPRESA QUE GANHE O LEILÃO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) A proposta do senador José Serra, do PSDB de São Paulo, retira da Petrobras a obrigatoriedade de ser a operadora única do pré-sal. A estatal terá a preferência nos leilões com liberdade para decidir no prazo de 30 dias se será ou não a administradora do consórcio. Hoje, pelo modelo da partilha, a Petrobras tem que participar de todas as licitações e ainda entrar com 30% dos investimentos. Mas o governo negociou na última hora com o senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, a preferência da Petrobras em definir os campos estratégicos que não serão licitados. As escolhas serão submetidas ao Conselho Nacional de Pesquisa Energética, composto por ministros e por representantes da sociedade civil. Mas a palavra final caberá à presidência da República, que determinará o tamanho da participação da estatal com o mínimo de 30%. Segundo Jucá, o projeto resguarda os interesses da Petrobras, os investimentos no pré-sal e ainda assegura ao governo definir o ritmo de exploração desses campos. (Romero Jucá) O que não for estratégico para o País ser explorado pela Petrobras será colocado em leilão e poderá ser explorado por qualquer empresa. Abrimos o mercado resguardando o filé, a estratégia e a melhor remuneração para a Petrobras. (Repórter) Ao alegar que o PT foi abandonado pelo governo, o senador Lindbergh Farias do PT do Rio de Janeiro tentará derrubar o projeto na Câmara. (Lindbergh Farias) Fomos surpreendidos por ligações de ministros dizendo que a posição mudou. Perdemos por isso. Quero dizer que essa luta não acaba aqui. Vamos tentar fazer mobilizações de rua. (Repórter) Mas o líder do PT, senador Humberto Costa de Pernambuco, negou mudança de lado do governo. (H.Costa) O governo não fez dois jogos. O governo entendeu que se poderia evitar uma votação e construir uma proposta de consenso. (Repórter) O projeto vai agora para a Câmara dos Deputados.