Brasil reduz número de estudantes com problemas em matemática — Rádio Senado
Estudo da OCDE

Brasil reduz número de estudantes com problemas em matemática

12/02/2016, 17h46 - ATUALIZADO EM 12/02/2016, 17h46
Duração de áudio: 02:00
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: O BRASIL REDUZIU O NÚMERO DE ESTUDANTES COM PROBLEMAS EM MATÉMATICA, MAS AINDA É O PAÍS COM O SEGUNDO PIOR NÍVEL DE APRENDIZADO, ATRÁS APENAS DA INDONÉSIA. LOC: ALÉM DA MATEMÁTICA, OS ESTUDANTES BRASILEIROS TÊM DIFICULDADES EM LEITURA E CIÊNCIAS, DE ACORDO COM UM ESTUDO DA O-C-D-E. REPÓRTER CINTHIA BISPO. (Repórter) A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico aponta que os estudantes brasileiros de 15 anos tiveram uma melhora no rendimento em matemática. De 2003 a 2012, os alunos passaram de 356 pontos para 391. Mesmo assim, o Brasil ainda está longe da média de 494 pontos dos países da OCDE. O estudo mostrou que um milhão e novecentos mil brasileiros têm dificuldades com matemática básica. O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, alerta que a deficiência nesse nível de aprendizado impede o pleno desenvolvimento intelectual desses estudantes. (Cristovam Buarque) Tivemos péssimas notas na parte de matemática. O Brasil é um País desmatematizado. O mundo cuja população não tem bases matemáticas é um mundo incapaz de entender plenamente a realidade, é incapaz de criar novos produtos que vêm da matemática, de entender as relações das coisas. A gente não está dando isso às nossas crianças. (Repórter) O estudo indicou ainda que o Brasil é o segundo país com pior nível de aprendizado em matemática básica, ciências e leitura. Dos 64 países avaliados, o Brasil ficou atrás apenas da Indonésia. Para Cristovam, os dados preocupam, e nem o aumento do número de matrículas pode ser comemorado. (Cristovam Buarque) Mas a matrícula não merece ser comemorada, apenas citada, dita, porque matrícula não significa frequência. No Brasil, muitas crianças vão à escola até a hora da merenda para comer, e não para estudar. (Repórter) Para melhorar o desempenho dos alunos, o relatório recomenda que os países ofereçam atividades específicas para alunos com dificuldades, aumentem o acesso à educação na infância e que incentivem a participação dos pais na vida escolar.

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