Estados utilizam R$ 17 bilhões de depósitos judiciais para não fechar 2015 no vermelho — Rádio Senado
Economia

Estados utilizam R$ 17 bilhões de depósitos judiciais para não fechar 2015 no vermelho

18/01/2016, 17h37 - ATUALIZADO EM 19/01/2016, 08h50
Duração de áudio: 02:03
O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os líderes partidários no Senado, os membros da Mesa do Senado e alguns membros da Mesa da Câmara recebem os governadores estaduais no Salão Negro para debater o pacto federativo, a situação financeira dos estados, os caminhos para desfazer o nó do endividamento e a reorganização da agenda federativa. 

Participam: 
governador do estado do Pará (PA), Simão Jatene; 
governador do estado de Mato Grosso do Sul (MS), Reinaldo Azambuja; 
governador do estado do Maranhão (MA), Flávio Dino; 
governador do estado do Ceará (CE), Camilo Santana; 
governador do estado de Alagoas (AC), Renan Filho; 
governador do estado do Piauí (PI), Wellington Dias; 
presidente da Câmara dos Deputados, deputado Eduardo Cunha (PDMB-RJ); 
presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL); 
governador do estado do Acre (AC), Tião Viana; 
quarta-secretária da Mesa do Senado Federal, senadora Ângela Portela (PT-RR); 
vice-governador do estado do Amapá, Papaleo Paes; 
governador do estado da Bahia (BA), Rui Costa; 
governador do Distrito Federal (DF), Rodrigo Rollemberg; 
governador do estado de Goiás (GO), Marconi Perillo; 
governador do estado do Mato Grosso (MT), Pedro Taques  

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues / Agência Senado

Transcrição
LOC: ONZE GOVERNADORES PRECISARAM USAR 17 BILHÕES DE DEPÓSITOS JUDICIAIS PARA NÃO FECHAR 2015 NO VERMELHO. LOC: AS OPERAÇÕES FORAM LEGALIZADAS COM A APROVAÇÃO, PELO CONGRESSO, DE UMA LEI COMPLEMENTAR QUE AUTORIZOU O USO DE RECURSOS DEPOSITADOS EM JUÍZO. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. TEC: (Repórter) Para fechar as contas de 2015, alguns estados precisaram recorrer a depósitos judiciais. Onze dos 27 governadores usaram 17 bilhões de reais desses recursos para pagar parcelas da dívida com a União, precatórios e até aposentadorias de servidores. A legalidade do acesso à verba de processos em andamento já sofreu contestação no Supremo Tribunal Federal, mas foi garantida em agosto do ano passado por uma lei complementar aprovada pelo Congresso Nacional. Estados e municípios agora podem usar até 70% dos depósitos judiciais para o pagamento de precatórios, de dívida pública e despesas de capital, nessa ordem de prioridade. O autor da proposta legislativa que deu origem à lei, senador José Serra, do PSDB de São Paulo, afirmou que a receita adicional é um impulso para que estados e municípios enfrentem a crise financeira. A proposta foi parcialmente vetada pela Presidência da República, porém os vetos foram derrubados pelo Congresso em novembro. Serra também é autor de um projeto que fixa o teto de endividamento global para a União num período de 15 anos. Ele reduz a dívida bruta de 5,6 para quatro vezes a Receita Corrente Líquida e a dívida líquida, de 2,2 para 1,5 vezes. Segundo Serra, instituir um limite para a dívida do Governo é fundamental para o desenvolvimento do país. (Serra) “É um projeto flexível, permite revisões ao longo do processo, mas que vai indicar também quais são sempre os fatores que interferem nas contas fiscais, inclusive fatores de natureza cambial e de política monetária. Na verdade vai aumentar a transparência da administração da nossa economia.” (Repórter) A proposta faz parte da Agenda Brasil e atende a uma determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas até então só foram estabelecidos limites para as dívidas estaduais e municipais. A previsão é que ela seja debatida na sessão do dia de 3 de fevereiro. Da Rádio Senado, Marcella Cunha Lei Complementar 151 (PLS 183/2015 no Senado, incorporado ao PLC 15/2015 aprovado em abril no Senado) PRS 84/2007

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