Governo francês decide compartilhar com CPI do HSBC documentação sobre caso Swissleaks — Rádio Senado
CPI do HSBC

Governo francês decide compartilhar com CPI do HSBC documentação sobre caso Swissleaks

14/01/2016, 13h25 - ATUALIZADO EM 14/01/2016, 13h25
Duração de áudio: 01:50
CPI do HSBC promove audiência pública com representantes da Procuradoria-Geral da República, do Ministério da Justiça e do Departamento de Polícia Federal.

Mesa:
relator da CPI HSBC, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES);
presidente da CPI HSBC, senador Paulo Rocha (PT-PA);
vice-presidente da CPI HSBC, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira / Agência Senado

Transcrição
LOC: O GOVERNO DA FRANÇA DECIDIU COMPARTILHAR COM A CPI DO HSBC TODA A DOCUMENTAÇÃO SOBRE O CASO SWISSLEAKS, NO QUAL FORAM DESCOBERTAS CONTAS BANCÁRIAS NÃO DECLARADAS DE BRASILEIROS NA SUÍÇA. LOC: COM AS INFORMAÇÕES, A CPI, QUE JÁ IA CONCLUIR SEUS TRABALHOS EM FEVEREIRO, GANHA NOVO FÔLEGO. OUÇA OS DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA. TÉC: O governo francês autorizou este mês que os senadores da CPI do HSBC tenham acesso a toda a documentação do caso conhecido mundialmente como Swissleaks. De acordo com o ex-funcionário do HSBC na Suíça, que denunciou o caso, Herve Falsiani, estima-se que mais de 8 mil brasileiros tenham contas no banco em Genebra, com boa parte do dinheiro não declarada. A CPI, criada para investigar o caso, vinha tendo dificuldades para obter qualquer tipo de informação sobre essas contas porque a falta de acordos internacionais impedia o compartilhamento das informações com o Congresso Nacional. Mas o Ministério Público brasileiro, que mantém diálogo com o governo francês sobre o caso, já informou aos senadores que a documentação deve chegar ao Senado em fevereiro. De acordo com o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, com a documentação em mãos, a CPI recomeça os trabalhos. (RANDOLFE) Com o compartilhamento dos dados agora, a CPI tem tudo para avançar nas suas investigações e para ter conclusões eficazes. A CPI caminhava para ser uma enorme vergonha. Agora tem uma sobrevida para ela. (Paula) Randolfe Rodrigues explicou ainda qual deve ser a linha de investigação da comissão, a partir de agora, com base no acervo disponibilizado pelas autoridades francesas. (RANDOLFE) Primeiro nós confirmaremos os brasileiros que tinham contas nessa agência do HSBC no exterior. Segundo, vamos apurar quais e como essas contas poderiam ser irregulares e ilegais em relação à legislação brasileira. (Paula) A CPI tinha previsão de votar o relatório final em fevereiro, mas com as novas informações, o colegiado deve cumprir todo o seu prazo de funcionamento, que vai até maio de 2016. Da Rádio Senado, Paula Goba.

Ao vivo
00:0000:00