Governo francês decide compartilhar com CPI do HSBC documentação sobre caso Swissleaks
Transcrição
LOC: O GOVERNO DA FRANÇA DECIDIU COMPARTILHAR COM A CPI DO HSBC TODA A DOCUMENTAÇÃO SOBRE O CASO SWISSLEAKS, NO QUAL FORAM DESCOBERTAS CONTAS BANCÁRIAS NÃO DECLARADAS DE BRASILEIROS NA SUÍÇA.
LOC: COM AS INFORMAÇÕES, A CPI, QUE JÁ IA CONCLUIR SEUS TRABALHOS EM FEVEREIRO, GANHA NOVO FÔLEGO. OUÇA OS DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA.
TÉC: O governo francês autorizou este mês que os senadores da CPI do HSBC tenham acesso a toda a documentação do caso conhecido mundialmente como Swissleaks. De acordo com o ex-funcionário do HSBC na Suíça, que denunciou o caso, Herve Falsiani, estima-se que mais de 8 mil brasileiros tenham contas no banco em Genebra, com boa parte do dinheiro não declarada. A CPI, criada para investigar o caso, vinha tendo dificuldades para obter qualquer tipo de informação sobre essas contas porque a falta de acordos internacionais impedia o compartilhamento das informações com o Congresso Nacional. Mas o Ministério Público brasileiro, que mantém diálogo com o governo francês sobre o caso, já informou aos senadores que a documentação deve chegar ao Senado em fevereiro. De acordo com o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, com a documentação em mãos, a CPI recomeça os trabalhos.
(RANDOLFE) Com o compartilhamento dos dados agora, a CPI tem tudo para avançar nas suas investigações e para ter conclusões eficazes. A CPI caminhava para ser uma enorme vergonha. Agora tem uma sobrevida para ela.
(Paula) Randolfe Rodrigues explicou ainda qual deve ser a linha de investigação da comissão, a partir de agora, com base no acervo disponibilizado pelas autoridades francesas.
(RANDOLFE) Primeiro nós confirmaremos os brasileiros que tinham contas nessa agência do HSBC no exterior. Segundo, vamos apurar quais e como essas contas poderiam ser irregulares e ilegais em relação à legislação brasileira.
(Paula) A CPI tinha previsão de votar o relatório final em fevereiro, mas com as novas informações, o colegiado deve cumprir todo o seu prazo de funcionamento, que vai até maio de 2016. Da Rádio Senado, Paula Goba.