CDR debate projetos de mobilidade urbana da Copa 2014, dos 51 apenas 14 foram concluídos — Rádio Senado
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CDR debate projetos de mobilidade urbana da Copa 2014, dos 51 apenas 14 foram concluídos

09/12/2015, 18h47 - ATUALIZADO EM 09/12/2015, 21h29
Duração de áudio: 02:25
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O LEGADO DA COPA DO MUNDO NO BRASIL PODE TER SIDO COMPLETO APENAS NOS ESTÁDIOS. DOS 51 PROJETOS DE MOBILIDADE URBANA, APENAS 14 FORAM CONCLUÍDOS. LOC: PARA DEBATER O LEGADO DA COPA, A COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E TURISMO PROMOVEU UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter): Os estádios da copa do mundo no Brasil saíram de um custo previsto de 3 bilhões de reais para mais de 8 bilhões. As obras nos aeroportos que custariam 2 bilhões e 600 milhões, subiram para mais de 4 bilhões e meio de reais e vários como Porto Alegre, Cuiabá e Natal não estavam prontos quando ocorreu a Copa do Mundo. No caso da mobilidade urbana, nenhum metrô ou VLT foi terminado e os BRTs que eram apontados como a solução mais barata, tornaram-se igualmente bilionários. O senador Wellington Fagundes, do PR de Mato Grosso apontou, o que na sua visão, ficou de positivo do evento de 2014: (FAGUNDES): É que o Brasil ganhou. Nós tivemos um incremento do número de turista no Brasil. Tivemos uma possibilidade de o brasil ser mostrado para o resto do mundo, através da televisão, através dos meios de comunicação. E esses problemas que ficaram para ser resolvidos eu acho que é um papel nosso, do poder público, dos representantes aqui do poder legislativo, por isso essa audiência pública. (Repórter): Os aeroportos foram muito criticados, já que poucos estavam realmente prontos na época do evento. No entanto, Jaime Caldas Pereira, assessor da Infraero, minimizou os problemas ocorridos: (JAIME): Havia uma síndrome de que aeroportos seria o problema da copa. Eu me lembro o Sr. Ricardo Teixeira falava “aeroportos, aeroportos, aeropostos”, todo mundo...e realmente a gente o que não concluímos muitas coisas, não concluímos outras. Mas o que fizemos não foi motivo para os aeroportos serem aí, mal-operados. Fizemos um investimento muito alto na área operacional. (Repórter): Luiza Gomide Farias, do Ministério das Cidades, afirmou que há sim um legado e reclamou da falta de planejamento em muitas obras: (LUIZA): A gente tem certeza que todas obras selecionadas ficarão como legado para a população, embora nem todas tenham ficado concluídas para a Copa. Projeto no Brasil, senador, não é valorizado, a gente tem de começar a valorizar. A gente já conseguiu melhorar um pouco e aprender um pouco. (Repórter): Rafael Jardim Cavalcante, do Tribunal de Contas da União, ainda lembrou que graças à atuação dos Tribunais de Contas, mais de 600 milhões de reais não foram gastos de forma irregular. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.

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