Senadores descartam volta da CPMF ao comentarem novo corte no Orçamento — Rádio Senado
Orçamento

Senadores descartam volta da CPMF ao comentarem novo corte no Orçamento

30/11/2015, 18h59 - ATUALIZADO EM 30/11/2015, 18h59
Duração de áudio: 02:03
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Transcrição
LOC: AO COMENTAREM NOVO CORTE NO ORÇAMENTO DESTE ANO, SENADORES DESCARTAM APROVAÇÃO DA VOLTA DA CPMF. LOC: PARA EVITAR PROCESSO POR CRIME DE RESPONSABILIDADE, A PRESIDENTE DILMA REDUZIU AS DESPESAS EM QUASE ONZE BILHÕES DE REAIS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) O terceiro corte no Orçamento deste ano será de R$ 11,2 bilhões. O ajuste se deve ao que o governo chamou de cenário econômico adverso numa referência à queda na arrecadação. Segundo o Ministério do Planejamento, os cortes não vão atingir o salário do funcionalismo e programas sociais. Mas impedirão investimentos e poderão afetar o funcionamento de repartições públicas. O líder do PT, senador Humberto Costa de Pernambuco, admitiu as dificuldades com esse novo corte ao lembrar que o Congresso Nacional ainda não aprovou a redução da meta de superávit, poupança destinada ao pagamento dos juros da dívida. (Humberto Costa) Poderemos ter uma paralisia na destinação de recursos para ações absolutamente essenciais para o funcionamento do País e para o interesse da população. (Repórter) O relator de receitas do Orçamento de 2016, senador Acir Gurgacz do PDT de Rondônia, esclareceu que esse corte não afetará as contas do ano que vem. Ele avisou ao governo, no entanto, que esse contingenciamento não vai pressionar o Congresso Nacional a aprovar a volta da CPMF. (Acir Gurgacz) Não é através do aumento de impostos que vamos resolver o problema do Brasil. O Brasil é um dos países que mais arrecada impostos. Se formos aumentando a cada ano, a cada problema que encontrarmos, vamos inviabilizar o nosso país e não vamos deixar o nosso produto ser competitivo no mercado internacional. (Repórter) O líder da oposição, senador Alvaro Dias, do PSDB do Paraná, voltou a defender o corte de gastos para melhorar as contas públicas. (Alvaro Dias) É difícil encontrar uma solução até porque a dívida pública cresceu de forma exorbitante e o governo tem que gastar a metade do que arrecada com o pagamento de juros e serviços desta dívida. Então a situação é gravíssima. (Repórter) Mesmo com esse corte, o governo deverá fechar o ano com um déficit de R$ 120 bilhões.

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