Senadores decidem pela manutenção da prisão de Delcídio do Amaral — Rádio Senado
Sessão extraordinária

Senadores decidem pela manutenção da prisão de Delcídio do Amaral

25/11/2015, 21h01 - ATUALIZADO EM 25/11/2015, 21h13
Duração de áudio: 02:16
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES DECIDEM PELA MANUTENÇÃO DA PRISÃO DE DELCÍDIO DO AMARAL, LÍDER DO GOVERNO NO SENADO. LOC: APÓS QUATRO HORAS DE DISCUSSÃO, OS SENADORES MANTIVERAM A DECISÃO DO SUPREMO POR 59 VOTOS A 13 E UMA ABSTENÇÃO. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. (Repórter) Setenta e quatro senadores participaram da sessão que decidiu por manter preso o senador Delcídio do Amaral, do PT de Mato Grosso do Sul. A votação aconteceu de forma aberta, após discussão se deveria ou não ser secreta. Delcídio do Amaral foi preso na manhã de quarta-feira pela Polícia Federal sob a acusação de tentar dificultar as investigações da Operação Lava Jato. A Constituição determina que a palavra-final em relação à prisão de senadores é da própria Casa. A Polícia Federal também fez buscas no gabinete de apoio do senador, nas dependências do Senado, o que foi duramente criticado por diversos parlamentares. O líder do PT no Senado, Humberto Costa, de Pernambuco, ressaltou a seriedade das acusações e afirmou que a decisão afeta a autonomia da Casa. (Humberto Costa) “Temos absoluta convicção de que os fatos são gravíssimos. E aqui não temos a defender qualquer atos que foi praticado e relatado pelo Supremo. Entendemos inclusive a posição firme que o STF tem. Mas aqui temos que discutir o papel do parlamento. É o que essa Casa deve ter por autonomia ou não.” (Repórter) Já o senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, argumentou que a imunidade serve para proteger o mandato do parlamentar, mas não pode haver abusos. (Aloysio Nunes Ferreira) “A imunidade parlamentar não é patrimônio pessoa de cada um de nós. Ela protege o exercício do mandato, dentro dos parâmetros definidos pela Constituição, pela moralidade, pelo sentimento democrático do País. Ela não confere ao seu titular o direito de abusar do seu mandato parlamentar. E aí há evidências de abuso do mandato Parlamentar.” (Repórter) Em nota, a assessoria do senador Delcídio informou que “tem convicção de que o entendimento inicial será revisto” e questionou o fato de a denúncia ter partido de “um delator já condenado”. Os quatro vice-líderes do governo no Senado vão responder interinamente pela liderança do governo na Casa. São eles: Hélio José, do PSD do Distrito Federal, Paulo Rocha, do PT do Pará, Wellington Fagundes do PR do Mato Grosso e Telmário Mota, do PDT de Roraima.

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