Senadores analisam eleição de Maurício Macri para presidência da Argentina — Rádio Senado
Internacional

Senadores analisam eleição de Maurício Macri para presidência da Argentina

23/11/2015, 18h14 - ATUALIZADO EM 23/11/2015, 19h06
Duração de áudio: 02:04
O empresário Mauricio Macri, 56 anos, é o novo presidente da Argentina. Atual prefeito de Buenos Aires, ele é ex-presidente do clube Boca Juniors e líder de uma frente de centro-direita opositora do atual governo de Cristina Kirchner. Macri foi eleito neste domingo (22), na primeira vez na história do país em que uma eleição presidencial foi decidida no segundo turno, e vai governar por quatro anos. Ele irá assumir a presidência no dia 10 de dezembro deste ano.
Foto: Site Oficial Mauriciomacri.com.ar

Transcrição
LOC: SENADORES ANALISAM A ELEIÇÃO DE MAURÍCIO MACRI PARA A PRESIDÊNCIA DA ARGENTINA. A DECISÃO OCORREU NO ÚLTIMO DOMINGO. LOC: A SENADORA ANA AMÉLIA, DO PP DO RIO GRANDE DO SUL, DESTACOU UM CANSAÇO DA POPULAÇÃO ARGENTINA COM UM MODELO POLÍTICO E ECONÔMICO QUE PAROU O PAÍS. JÁ O SENADOR JOÃO CAPIBERIBE, DO PSB DO AMAPÁ, DESTACOU A FALTA DE NOVAS PROPOSTAS POLÍTICAS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter) A mudança que ocorrerá na presidência da Argentina, com a posse em 10 de dezembro, do candidato oposicionista Maurício Macri dividiu a opinião dos senadores aqui no Brasil. A senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, afirmou que Macri não é um candidato de direita típica e que os erros da política econômica interna e externa do governo de Cristina Kishner custaram a vitória do candidato governista: (Ana Amélia) Tentar classificar Esquerda ou Direita já está ultrapassado. Foi uma vitória aí da população da sociedade da Argentina que cansou de uma gestão, de uma ideologia (que) acabou travando muito e tirando uma solidariedade que você esperava no Mercosul. Muitas vezes por conta exatamente da intransigência da Argentina, um grande acordo que está tentando fechar e não se consegue, Cristina Kishner preferiu fazer um acordo com a China e deixar de lado o Brasil.. (Repórter) Maurício Macri foi eleito neste domingo, em segundo turno, com 51% dos votos, derrotando Daniel Scioli que era apoiado pela presidente Cristina Kishner e que teve 48% dos votos. O senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, lembrou que o candidato de uma terceira via ficou em terceiro lugar e a eleição foi decidida entre da centro-direita e da centro-esquerda. Capiberibe também comentou a integração Brasil-Argentina: (João Capiberibe): Falta de alternativa não é bom. E essa polarização ela termina desviando o foco de atenção aos graves problemas do país. Estamos numa situação também extremamente complicada, com uma necessidade de alternância de poder aqui também, para dar uma reoxigenada. É difícil você construir só na integração só na questão comercial. Integração com a Argentina teria de passar pela integração cultural. Essas fronteiras não vão durar 100 anos. Elas vão desaparecer. (Repórter) Maurício Macri afirmou que se eleito reveria a importância das parcerias da Argentina com a Rússia e a China, tentando retomar melhores relações com a Europa e os Estados Unidos.

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