CPI do Assassinato de Jovens recebe ONGs para debater a criminalização da juventude — Rádio Senado
Segurança

CPI do Assassinato de Jovens recebe ONGs para debater a criminalização da juventude

10/11/2015, 00h42 - ATUALIZADO EM 10/11/2015, 00h42
Duração de áudio: 02:11

Transcrição
LOC: A CPI DO ASSASSINATO DE JOVENS OUVIU NESTA SEGUNDA-FEIRA REPRESENTANTES DE ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS PARA DEBATER A CRIMINALIZAÇÃO DA JUVENTUDE. LOC: ELES DEFENDERAM A DESMILITARIZAÇÃO DA POLÍCIA, O COMBATE AO TRÁFICO DE DROGAS E A NÃO REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. TEC: (1109 C14 T:2’08” – MARCELLA / LINDBERGH / Wesley / Mário) Durante a audiência, o relator da CPI, senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, defendeu o pacto pela redução do número de homicídios, anunciado pelo Ministério da Justiça em outubro. O objetivo é reduzir, até 2018, 5% das taxas de homicídio em 80 municípios considerados prioritários. Ao defender a desmilitarização da polícia, Lindbergh ressaltou que os índices de violência sobem tanto entre os jovens negros como entre os policiais. (Lindbergh – 16’’) “Nós temos a polícia que mais mata, mas a que mais morre também. Perdemos 490 policiais em 2013. Isso é um número que não existe em nenhum outro país do mundo que chegue perto. Então nós temos um sistema que está matando nossa juventude. Está matando os policiais.” (REP) Wesley Teixeira Silva, responsável pela campanha Amanhecer Contra a Redução, pediu o apoio da Comissão contra o projeto de redução da maioridade penal em análise na Câmara dos Deputados. Ele também criticou o sistema carcerário brasileiro e defendeu maior participação de jovens negros no debate. (Wesley – 13’’) “Fico muito emocionado de fazer uma fala hoje nessa audiência quando eu penso quantos jovens negros devem sido ouvidos. Nós somos sobreviventes, né? Eu estou falando aqui como um dos que não morreu.” (REP) Já o coordenador do programa de adolescência e cidadania do UNICEF, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Mário Volpi, defendeu o fim dos autos de resistência. Para ele, também deveria ser criada uma força-tarefa entre os secretários de segurança pública de todos os estados para investigar os casos de homicídio. (Mário – 16’’) “Nenhum homicídio de adolescente sem inquérito instaurado. Sem a designação de um delegado para presidir esse inquérito, levantar as provas, para juntar Sem um acompanhamento sistemático desse inquérito.” (REP) Também participou da reunião da CPI Vinícius Miguel, coordenador da Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente. Está marcada para esta quarta-feira uma audiência pública com os secretários de segurança pública do Rio de Janeiro, Bahia e Ceará. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.

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