CDR debate plano nacional de saneamento básico e universalização dos serviços de água e esgoto — Rádio Senado
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CDR debate plano nacional de saneamento básico e universalização dos serviços de água e esgoto

05/11/2015, 15h13 - ATUALIZADO EM 05/11/2015, 15h13
Duração de áudio: 02:10
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E TURISMO DEBATEU NA MANHÃ DESTA QUINTA-FEIRA O PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO E A UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTO. LOC: OS ESPECIALISTAS ALERTARAM PARA OS ALTOS CUSTOS DO SETOR E A FALTA DE INVESTIMENTOS PARA MELHORAR OS SERVIÇOS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. TÉC (Repórter) A crise econômica do Brasil está afetando diretamente as empresas de saneamento básico que atuam nos estados e municípios, que enfrentam dificuldades financeiras. Isso, segundo especialistas ouvidos em audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado, prejudica a capacidade de investimento em melhoria na qualidade do serviço e na ampliação do acesso a água e esgoto. O presidente da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento, Aparecido Hojaij, explicou que um dos principais problemas do setor hoje é a conta de luz. (Aparecido Hojaij) Você tem a folha de pagamento como o primeiro componente e depois você tem a energia elétrica. É buscar uma eficiência energética para que a gente tenha condição de reduzir custo pra ter uma prestação de serviço de qualidade. Melhorar a capacidade financeira dos prestadores de serviço discutindo aí um novo modelo tarifário. (Repórter) Marcelo Teixeira, que representou a associação das empresas estaduais de saneamento, lembrou que outro fator que impactou os custos foi a variação cambial, porque insumos químicos são cotados em dólar. E disse que quem paga a conta do prejuízo são os estados e os consumidores. (Marcelo Teixeira) Não se gera em termos tarifários os recursos necessários nem pra você fazer o custeio do seu serviço, os estados geralmente têm que bancar parte desses serviços através de recursos do próprio estado. Isso causa impacto no usuário final, tem aumento de tarifa. Isso pode levar a um aumento da inadimplência. Não adianta eu ficar aumentando tarifa o tempo todo, porque chega um momento que o cara não consegue pagar. (Repórter) O Plano Nacional de Saneamento estipula que até 2023 99% do território nacional deve ter abastecimento de água potável e 92%, esgoto. O presidente da comissão, Davi Alcolumbre, do Democratas do Amapá, alertou que no ritmo atual de investimento, dificilmente a meta será cumprida. (Davi Alcolumbre) Isso é uma dificuldade nacional, evidentemente a falta de recursos sempre será o grande gargalo dessa discussão. Quando se fala que precisa-se de 25, 26 bilhões por ano e quando tem um país que na média é investido 10 bilhões, a gente cai num problema que é a redução desse prazo. Na prática, ele já é inviável. (Repórter) O senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, vai apresentar até o fim do ano um relatório do acompanhamento da política pública de saneamento.

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