Dívida do governo com bancos pode elevar déficit fiscal a R$119 bilhões em 2015 — Rádio Senado
Pedaladas Fiscais

Dívida do governo com bancos pode elevar déficit fiscal a R$119 bilhões em 2015

04/11/2015, 19h35 - ATUALIZADO EM 04/11/2015, 19h37
Duração de áudio: 02:18
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O GOVERNO ATENDEU AO PEDIDO DA COMISSÃO MISTA DE ORÇAMENTO E ENVIOU NESTA QUARTA-FEIRA O VALOR ATUALIZADO DA DÍVIDA COM OS BANCOS PÚBLICOS: 57 BILHÕES DE REAIS. LOC: COM ISSO, O DÉFICIT DESTE ANO PODE CHEGAR A 119 BILHÕES, COMO EXPLICA A REPÓRTER MARCELLA CUNHA. (Repórter) Após pedido da oposição, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, encaminhou à CMO uma tabela com o detalhamento dos valores devidos aos bancos públicos. São 57 bilhões de reais a serem pagos ao Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica e FGTS em função das chamadas pedaladas fiscais. Com isso, o déficit deste ano pode chegar a 119 bilhões de reais. O novo valor vai constar no relatório do deputado Hugo Leal, do PROS do Rio de Janeiro, que altera a meta fiscal deste ano. Ele havia incluído uma dívida de até 55 bilhões em seu relatório. Mas explica que os dois bilhões de diferença se devem a interpretação de que parte do pagamento ao Banco do Brasil pode ser inserido como título da dívida pública. (Hugo Leal) “Eu vou promover a mudança para poder fazer a acomodação, fazer o entendimento. Apesar de achar que, conceitualmente, eu não achar que estou equivocado, e nem o Governo apresenta um número e depois apresenta outro. Mas na realidade, nós estamos trabalhando isso como um patamar, como um piso. Não imagino que o Governo vai chegar a ter esse déficit desse tamanho até o final de 2015.” (Repórter) O valor pode ser menor caso o Tribunal de Contas da União autorize o parcelamento da dívida para outros anos. Também nesta quarta-feira foram feitas alterações na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016. Entre elas está a redução da meta fiscal do próximo ano de um superávit de 104 bilhões para 34 bilhões de reais. Ainda que a previsão do Governo seja de um rombo que pode chegar a 119 bilhões neste ano, a presidente da comissão, senadora Rose de Freitas, do PMDB do Espírito Santo, acredita na recuperação da economia. (Rose de Freitas) “Se o Governo cumprir o dever de casa como está sendo posto e essa Comissão conseguir trabalhar com os elementos que tem, com as exigências que fez, vai zerar este déficit. E é possível ter o superávit sim.” (Repórter) A intenção da presidente da CMO é promover, na próxima terça-feira, uma série de audiências públicas para sanar as dúvidas dos parlamentares e, em seguida, colocar em votação o projeto que altera a meta de 2015 e a LDO de 2016.

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