Senado aprova MP que permite redução de salários e da jornada de trabalho

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LOC: O PLENÁRIO DO SENADO APROVOU A MEDIDA PROVISÓRIA QUE PERMITE A REDUÇÃO DE SALÁRIOS E DA JORNADA DO TRABALHO. LOC: A PROPOSTA TEM O OBJETIVO DE IMPEDIR O AUMENTO DAS DEMISSÕES NESTE MOMENTO DE CRISE ECONÔMICA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Pelo Programa de Proteção ao Emprego, as empresas precisam comprovar dificuldades econômico-financeiras para aderirem à iniciativa. Os empregados deverão aprovar numa assembleia a redução de até 30% do salário e da jornada. No acordo, as empresas terão que especificar o número de trabalhadores atingidos, o percentual da diminuição do salário, o período, que não pode exceder 2 anos, e as garantias de que não haverá demissão. O relator, senador Paulo Rocha do PT do Pará, ponderou que em tempos de crise, a perda momentânea do valor do salário é melhor do que o desemprego. (Paulo Rocha) A ideia de preservar o emprego e preservar o salário é fundamental para a economia se recuperar e criar as condições de voltar ao nível de emprego que a nossa economia já conquistou. (Repórter) Apesar do apoio ao projeto, o líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima da Paraíba, chamou atenção para o uso dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador, já que até 15% da redução dos salários serão pagos pelo Fundo no teto de R$ 900 por trabalhador. (Cássio Cunha Lima) Temos uma preocupação com o FAT, que pode estar sendo cada vez mais descapitalizado. Um país onde o desemprego cresce, qualquer iniciativa neste sentido de proteção do trabalhador contará com o nosso apoio. (Repórter) O governo calcula gastar R$ 98 milhões neste ano e em 2016 dos recursos do FAT. As empresas poderão sair do Programa desde que comuniquem ao governo e os trabalhadores com um mês de antecedência. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego de maio a julho foi de 8,6%, a maior desde 2012.