Seminário quer compartilhar experiência mundial sobre usinas nucleares — Rádio Senado
CCT

Seminário quer compartilhar experiência mundial sobre usinas nucleares

Os riscos e os benefícios da energia nuclear para as populações e o meio ambiente estão sendo debatidos no seminário internacional “Usinas Nucleares — Lições da Experiência Mundial” promovido pela  Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT)

Além de parlamentares, o seminário reúne especialistas, cientistas e autoridades do Brasil e de cinco países que já sofreram ou temem sofrer desastres nucleares.

27/10/2015, 12h30 - ATUALIZADO EM 27/10/2015, 12h46
Duração de áudio: 02:09
Geraldo Magela / Agência Senado

Transcrição
LOC: O SEMINÁRIO INTERNACIONAL “USINAS NUCLEARES — LIÇÕES DA EXPERIÊNCIA MUNDIAL” FOI ABERTO NESSA SEGUNDA-FEIRA NA COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA DO SENADO. LOC: O OBJETIVO É DISCUTIR OS RISCOS E OS BENEFÍCIOS DA ENERGIA NUCLEAR PARA AS POPULAÇÕES E O MEIO AMBIENTE. ALÉM DE PARLAMENTARES, O SEMINÁRIO REÚNE ESPECIALISTAS, CIENTISTAS E AUTORIDADES DO BRASIL E DE CINCO PAÍSES QUE JÁ SOFRERAM OU TEMEM SOFRER DESASTRES NUCLEARES. REPÓRTER NARA FERREIRA: TÉC: O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Cristóvam Buarque, do PDT do Distrito Federal, apresentou um projeto de lei em 2011 para proibir novas usinas nucleares por trinta anos no Brasil. Na opinião do senador, esse seria o tempo necessário para que novas pesquisas possam assegurar menos riscos ou alternativas ao uso de energia nuclear. (CRISTOVAM): Espero que tenhamos ao final um documento, uma Carta de Brasilia, dizendo o que pensamos, sobre como evitar a necessidade do risco da energia nuclear, ou evitar os riscos da necessária energia nuclear. Esse é o nosso desafio. (REPPÓRTER) O Coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista na Câmara, deputado Sarney Filho, destacou que a energia nuclear é perigosa e, no caso do Brasil, desnecessária. Representa menos de três por cento da oferta de energia elétrica no País. (SARNEY FILHO) Se investirmos com eficiência energética é perfeitamente possível dar fim a essa produção, sem ônus para o contribuinte e para a geração de energia. Além disso, não há transparência, sob o falso argumento de segredo militar alimenta-se a desinformação da população sobre um assunto que na prática diz respeito a sua vida e a segurança de todos. (REPÓRTER) Sandra Verônica Cureau, sub-procuradora geral da República, afirmou que uma das maiores preocupações é a destinação dos rejeitos radioativos. (SANDRA) Nós não estamos numa situação de vários países que não tem a possibilidade de fazer uso da energia limpa. Então que necessidade temos de submeter a vida a saúde da população, o meio ambiente a riscos desnecessários? (REPÓRTER) Ela citou a usina nuclear de Angra 2, que fica a apenas 45 kilometros de uma área residencial e próxima a três reservas ecológicas. Entre outros especialistas, também participou do Seminário nesta segunda-feira, por vídeo, o ex-primeiro ministro do Japão, Naoto Kan, que falou sobre o acidente nuclear de Fukushima. Da Rádio Senado, Nara Ferreira.

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