Sessão Especial homenageia os 120 anos do jornal Correio do Povo

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LOC: SESSÃO ESPECIAL HOMENAGEIA OS 120 ANOS DO JORNAL CORREIO DO POVO. LOC: FUNDADO POR FRANCISCO ANTÔNIO CALDAS NO RIO GRANDE DO SUL, O CORREIO DO POVO É UM MARCO NO JORNALISMO INDEPENDENTE DO ESTADO. REPÓRTER HEBERT MADEIRA. TÉC: (Repórter) Fundado em Porto Alegre no dia 1º de outubro de 1895 pelo jornalista Francisco Antônio Caldas Júnior, a primeira edição do Correio do Povo teve 2 mil exemplares. Em quatro anos, já era o jornal de maior circulação do Rio Grande do Sul. O senador Lasier Martins, do PDT gaúcho, que foi colunista esportivo do veículo entre os anos de 1976 e 1984, destacou que ele surgiu em um período de grande concorrência de jornais. A imprensa local, segundo ele, se caracterizava pela divisão entre os diversos grupos políticos. As primeiras edições foram impressas em papel rosa, com a ideia de distanciar a publicação das duas forças políticas da época, que eram que representadas pelas cores vermelha e branca. (Lasier) A partir dali, e até hoje, o Correio do Povo tem se voltado ao interesse coletivo, cultivando o bom jornalismo, buscando a verdade com independência. Livre, sem compromissos, sem lado ou bandeiras, causa específica ou envolvimento partidário. (Repórter) A deputada federal Maria do Rosário, do PT gaúcho, lembrou que quando professora, utilizou o jornal para ensinar os alunos de séries iniciais a ler, como forma de valorizar a função social. Para o diretor executivo do veículo, Cléber Nascimento Dias, o Correio transformou-se em um exemplo para o jornalismo apartidário. (Cléber) Desse seu legado, o jornal nunca mais se afastou, transformando essa lição de jornalismo numa regra a ser seguida por diversas gerações de jornalistas que passaram pela redação desse veículo que veio para ficar no coração dos gaúchos. (Repórter) Em homenagem aos 120 anos, o Grupo Record está digitalizando todo o acervo do jornal. Mais de um milhão e meio de páginas vão ser armazenadas virtualmente para memória e pesquisa. Ao longo de sua história, grandes escritores brasileiros como Machado de Assis, Mário Quintana e Érico Veríssimo colaboraram com a publicação. Da Rádio Senado, Hebert Madeira.