Porte ilegal de armas de fogo militares e policiais pode se tornar crime hediondo — Rádio Senado
Propostas

Porte ilegal de armas de fogo militares e policiais pode se tornar crime hediondo

07/10/2015, 13h58 - ATUALIZADO EM 07/10/2015, 13h58
Duração de áudio: 01:49
Foto: Pedro França / Agência Senado

Transcrição
LOC: O PORTE ILEGAL DE ARMAS DE FOGO MILITARES E POLICIAIS PODE SE TORNAR CRIME HEDIONDO. LOC: É O QUE PREVÊ UM PROJETO APROVADO NESTA QUARTA-FEIRA PELA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA DO SENADO, QUE PODE SEGUIR DIRETAMENTE PARA A CÂMARA DOS DEPUTADOS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. TÉC: As armas de fogo de uso restrito são todas aquelas de utilização exclusiva das Forças Armadas e agentes de segurança pública, além de pessoas e empresas expressamente autorizadas pelo Exército. Elas incluem revólveres e pistolas de calibre acima de 40, fuzis, lançadores de projéteis de gás, silenciadores, munições explosivas, miras laser e óculos infravermelhos, entre outros. Também são restritos os coletes e blindagens automotivas que protejam contra os calibres proibidos. A posse e o porte de qualquer dessas armas podem se tornar crime hediondo, de acordo com uma proposta do senador Marcelo Crivella, do PRB do Rio de Janeiro. O senador lembra que o Mapa da Violência deste ano mostra que em 2012 foram mortas por arma de fogo 42 mil, 416 pessoas, o que justifica que o uso de equipamentos restritos seja equiparado ao crime de genocídio. (Marcelo Crivella) Esses dias em São Paulo meliantes assaltaram um carro blindado com uma ponto 50, uma metralhadora para derrubar aviões. Tem lança-chamas, tem bazuca, e o maldito fuzil, que mata soldados a cada instante. Lá no morro do Alemão semana passada mataram um jovem soldado dublador. Ele fazia a voz de um personagem Harry Potter. Ele morreu com um tiro de fuzil disparado a mais de um quilômetro de distância. (Repórter) A proposta original agravava ainda a punição para o comércio ilegal e o contrabando de todas as armas de fogo. Mas o relator, senador Edison Lobão, do PMDB do Maranhão, defendeu que embora seja “sedutora”, a solução é excessiva, pois pressupõe um crime que ainda não aconteceu, o uso dessas armas em ações ilegais. Por isso, ele limitou as penas mais duras à posse de armas de uso militar ou policial. A proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça de forma terminativa e pode ser enviada diretamente para a Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso. PLS 230/2014

Ao vivo
00:0000:00