Representantes dos empregados da CELG questionam proposta de privatização — Rádio Senado
Energia de Goiás

Representantes dos empregados da CELG questionam proposta de privatização

06/10/2015, 19h56 - ATUALIZADO EM 06/10/2015, 19h57
Duração de áudio: 01:59
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: CONVIDADOS QUESTIONAM PROPOSTA DE PRIVATIZAR A CELG, CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS, EM AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS. LOC: REPRESENTANTE DOS EMPREGADOS DA ESTATAL ARGUMENTA QUE RARAMENTE SÃO OBSERVADAS MELHORIAS NA QUALIDADE DOS SERVIÇOS OFERTADOS POR EMPRESAS DE ENERGIA DEPOIS DAS PRIVATIZAÇÕES. REPÓRTER HEBERT MADEIRA. (Repórter) Em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos, a maior parte dos convidados foi contra a possibilidade de privatização das Centrais Elétricas de Goiás. O procurador jurídico da Celg, Rogério Bernardes, questionou o valor pelo qual a empresa está sendo avaliada: entre 7 e 8 bilhões de reais. Segundo ele, o montante equivale a um ano de arrecadação da estatal. O senador Ronaldo Caiado, do Democratas de Goiás, criticou a conversão da dívida da companhia com a Itaipu Binacional de dólares para reais, prevista na MP 677. Para ele, a iniciativa é uma forma de mascarar o problema para achar compradores com mais facilidade. (Ronaldo Caiado) Se a Celg não tivesse a estrutura que foi montada dentro dela no aparato político para servir muito mais de suporte de eleições não estaria vivendo o momento que está. É uma empresa que tem competência, quadros preparados, foi referência no país e não tem porque ter provocado o desmonte nela nesses anos. (Repórter) Caiado também defendeu que a empresa seja retirada do Programa Nacional de Desestatização. O representante dos trabalhadores da Celg, Wagner Alves Vilela Filho, observou que privatizar pouco faria diferença uma vez que, segundo ele, 90 por centro das empresas privatizadas continuam com perfil igual ou pior. Para o representante do Ministério de Minas e Energia, Oscar Salomão, o quadro da estatal se agravou ao longo do tempo. (Oscar Salomão) “Ela tem um desafio grande de melhorar rapidamente os seus índices. Além disso, há exigências de performance econômico-financeira, então, há um risco muito grande de que não se cumpram as exigências e haja uma perda dessa concessão. (Repórter) O representante do governo estadual Simão Dias alegou que a atual gestão tem tentado resolver os problemas da Celg desde 2011. Ele garantiu que a privatização, estudada pelo Governo Federal e pelo Ministério de Minas e Energia, vai atender a todos os parâmetros exigidos.

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