CPI do Assassinato de Jovens vai debater a vitimização da polícia

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LOC: A CPI DO ASSASSINATO DE JOVENS SE REÚNE NESTA SEGUNDA-FEIRA PARA DEBATER A VITIMIZAÇÃO DA POLÍCIA. LOC: O AUMENTO DO ÍNDICE DO ASSASSINATO DE POLICIAIS EM VÁRIOS ESTADOS PREOCUPA A COMISSÃO. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA. (Repórter) A presidente da CPI do Assassinato de Jovens, senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, afirmou que é preciso discutir o outro lado da violência: a que atinge os policiais brasileiros. (Lídice da Mata) “Um vetor também muito importante de ser investigado. Porque também são jovens e negros, os policiais que estão sendo mortos.” (Repórter) Em julho, foi sancionada uma lei que torna crime hediondo o assassinato de policiais civis, militares, rodoviários e federais, seja durante o exercício da função ou em decorrência do cargo. Dados da CPI que investigou o assassinato de jovens negros na Câmara dos Deputados apontam que em São Paulo, por exemplo, a taxa de mortalidade de um policial em serviço chegou a 41,8 a cada 100 mil profissionais em 2013. Já no Rio de Janeiro, foram registrados 2,6 homicídios a cada 100 mil policiais, em serviço ou não. Segundo a senadora Lídice da Mata, é fundamental discutir os dados com associações e entidades para ajudar a compor as investigações da CPI. (Lídice da Mata) “Uma parte desses assassinatos tem uma grande relação com o estado, o poder do estado, o próprio policial, como ele age em cada comunidade. E isso é um elemento também muito importante para contracenar com essa situação das entidades. As entidades geralmente têm uma visão mais global desses assuntos e podem dar uma grande contribuição ao nosso trabalho.” (Repórter) Vão participar da audiência pública representantes da Associação Nacional dos Praças, Associação dos Delegados de Polícia, Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal e Associação Nacional dos Defensores Públicos. O debate será interativo e acontece nesta segunda-feira, a partir das sete e meia da noite. Para participar, basta acessar o Portal e-Cidadania, no endereço www.senado.leg.br/ec ou pelo Alô Senado, no número 0800 61 22 11.