CPI do CARF ouviu nesta quinta-feira a ex-conselheira da entidade, Meigan Sack — Rádio Senado
Comissões

CPI do CARF ouviu nesta quinta-feira a ex-conselheira da entidade, Meigan Sack

A CPI do CARF ouviu nesta quinta-feira (01) a ex-conselheira da entidade, Meigan Sack Rodrigues e Alexandre Paes dos Santos, sócio de uma das empresas investigadas, que optou por não se manifestar. Meigan Sack respondeu a algumas das perguntas feitas pelos senadores. Ela é filha do ex-presidente do CARF, Edson Pereira Rodrigues, também investigado pela Operação Zelotes, da Polícia Federal.

A relatora da CPI, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB – AM), questionou Meigan sobre tráfico de influência em um dos processos julgados pelo CARF. Segundo Meigan Sack, as informações foram retiradas de contexto e a degravação obtida de forma ilegal. O presidente da CPI, senador Ataídes Oliveira (PSDB – TO), afirmou que vai pedir a quebra dos sigilos fiscal, telemático e telefônico de Meigan para serem julgados na próxima sessão.

Reportagem Marcella Cunha, da Rádio Senado.

01/10/2015, 14h05 - ATUALIZADO EM 01/10/2015, 14h53
Duração de áudio: 02:02
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CPI DO CARF OUVIU NESTA QUINTA-FEIRA A EX-CONSELHEIRA DA ENTIDADE, MEIGAN SACK. LOC: JÁ O OUTRO DEPOENTE, ALEXANDRE PAES DOS SANTOS, SÓCIO DE UMA DAS EMPRESAS INVESTIGADAS, OPTOU POR NÃO SE MANIFESTAR. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA. TEC: (Repórter) Alexandre Paes dos Santos, sócio da empresa Davos Energia Limitada, investigada pela operação Zelotes, preferiu não colaborar com a investigação da CPI do Carf. Já a ex-conselheira da entidade, Meigan Sack Rodrigues, respondeu a algumas das perguntas feitas pelos senadores. Ela é filha do ex-presidente do Carf, Edson Pereira Rodrigues, também investigado pela operação. A relatora da CPI, senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, questionou Meigan sobre tráfico de influência em um dos processos julgados pelo Carf. (Vanessa) “O seu pai lhe manda uma mensagem dizendo que podem conseguir vista de um tal processo e que podem pedir vinte mil pelo trabalho. Logo em seguida a senhora começa a trocar mensagens com o senhor Guilherme Pollastri. ‘Estás no Carf? Preciso falar com você?’ Seu pai lhe manda outra mensagem cobrando uma posição. Até porque os clientes têm pressa, porque a sessão era no dia seguinte.” (Repórter) Segundo Meigan Sack, as informações foram retiradas de contexto e a degravação obtida de forma ilegal. (Meigan) “Estamos discutindo aqui escutas telefônicas fora de contexto e interpretações feitas por uma pessoa fora do contexto que acredito eu, nunca foi ao Carf”.” (Repórter) O presidente da CPI, senador Ataídes Oliveira, do PSDB do Tocantins, afirmou que vai pedir a quebra dos sigilos fiscal, telemático e telefônico de Meigan para serem julgados na próxima sessão. (Ataídes) “Contra fatos não há argumentos. Eu acho que essa sustentação de vossa senhoria vai contra o que já foi apurado por essa CPI e pela competente polícia federal que nós temos no Brasil e do Ministério Público.” (Repórter) A comissão aprovou um requerimento do senador Ataídes para ouvir novamente Hugo Rodrigues Borges, funcionário de José Ricardo que é tido com um dos mentores do esquema, e a contadora Gegliane Maria Bessa Pinto. O senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá, afirmou que vai apresentar um requerimento para que a CPI do Carf ouça a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.

Ao vivo
00:0000:00