Comissão debate situação da Companhia Energética de Goiás
Transcrição
LOC: A COMISSÃO QUE ANALISA A MP 677 PROMOVEU UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA NESTA SEGUNDA-FEIRA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA COMPANHIA ENERGÉTICA DE GOIÁS, A CELG.
LOC: UMA EMENDA QUE GARANTE A REPACTUAÇÃO DA DÍVIDA DA EMPRESA DIVIDIU A OPINIÃO DOS SENADORES. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA.
(Repórter) Uma emenda do relator, o senador Eunício Oliveira, do PMDB do Ceará, autoriza que a dívida da Companhia Energética de Goiás com a Itaipu Binacional deixe de ser cobrada em dólares e seja alongada por dez anos. O valor atual é de mais de um bilhão e 300 milhões de reais. A proposta adota a cotação da moeda americana de 1º de janeiro de 2015, de menos de 2 reais e setenta centavos, gerando uma economia de mais de 400 milhões de reais. Segundo o presidente da Companhia, José Fernando Navarrete Pena, a dívida é indevida e “insuportável de pagar”.
(José Fernando Navarrete Pena) “A Companhia não tem capacidade hoje de investir. Ela tem um serviço da dívida absolutamente inviável. A Companhia tem problemas de fluxo de caixa.”
(Repórter) O senador Ronaldo Caiado, do Democratas de Goiás, que propôs a audiência, defendeu que o prejuízo não deveria ser arcado pela União já que um leilão para privatizar a Celg está marcado para novembro.
(Ronaldo Caiado) “Se ela vai ser vendida dia 19 de novembro é justo que a população venha a pagar esse subsídio para que uma empresa privada compre a Celg? Então eu apresentei uma emenda de que se ela for a venda então que esse dinheiro seja ressarcido a quem teve que repactuar essa dívida.”
(Repórter) A senadora Lúcia Vânia, do PSB de Goiás, defensora da repactuação da dívida, afirmou que a obstrução do senador do Democratas está prejudicando o setor elétrico do estado.
(Lúcia Vânia) “Essa obstrução significa para o estado de Goiás 120 milhões de reais. A dívida que poderia já estar equacionada significa quase 500 milhões de reais que poderiam ser investidos na distribuição de energia no estado de Goiás.”
(Repórter) Originalmente, a MP 677 autoriza a Chesf, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco, a participar do Fundo de Energia do Nordeste. A proposta, que teve 120 emendas apresentadas, tem votação do texto-final prevista para esta terça-feira.
MP 677/2015